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Europa

Homem comete suicídio na catedral de Notre-Dame de Paris

21 mai 2013 - 15h04
(atualizado às 16h46)
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Um militante da extrema-direita francesa contrário ao casamento gay cometeu suicídio nesta terça-feira na catedral Notre Dame de Paris, provocando a retirada de pessoas do local.

Dominique Venner, de 78 anos, era historiador, escritor e militante do movimento de extrema-direita radical há 50 anos. Ele se matou com um tiro em frente ao altar da catedral às 14h00 GMT (11h00 de Brasília).

Em uma mensagem publicada em seu blog, ele explicou que os opositores ao casamento para todos não poderiam "se limitar à rejeição do casamento gay", mas que o verdadeiro "perigo" era "a grande transformação da população da França e da Europa", aparentemente em uma referência à imigração de origem extra-europeia.

"São necessários gestos novos, espetaculares e simbólicos para tirar as pessoas da sonolência, balançar as consciências anestesiadas e acordar a memória das origens", alertou.

A catedral foi imediatamente evacuada durante a tarde.

Patrick Jacquin, reitor da catedral, indicou à AFP que o homem depositou uma carta no altar, junto ao coro, antes de se suicidar.

Paraquedista durante a guerra na Argélia, Dominique Venner depois fez parte da clandestina Organização Armada Secreta (OAS), que tinha o objetivo de impedir a independência desse país do norte da África.

Venner participou de várias organizações de extrema-direita desde meados dos anos 1950. Ele é autor de vários livros dedicados à história, política e exército, às armas de fogo e à caça.

A França acaba de autorizar o casamento e adoção por casais de mesmo sexo e as primeiras celebrações devem acontecer nas próximas semanas.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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