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Europa

Hollande e Merkel se reúnem e falam da crise dos refugiados e do "brexit"

7 fev 2016 - 18h12
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O presidente francês, François Hollande, e a chanceler alemã, Angela Merkel, realizaram neste domingo um encontro informal em Estrasburgo para preparar os temas da próxima cúpula europeia, como a crise dos refugiados e a negociação para o referendo britânico sobre a permanência do país na UE.

Hollande e Merkel se reuniram no palacete da Prefeitura de Estrasburgo para falar antes de se deslocarem até um restaurante por iniciativa do presidente do parlamento Europeu, Martin Schulz.

O objetivo, segundo explicou o Eliseu, é discutir os principais assuntos da agenda do Conselho Europeu que será realizada em Bruxelas em 18 e 19 de fevereiro.

Uma cúpula estará centrada na negociação com o Reino Unido para evitar sua saída da UE (o chamado "brexit"), mas também na crise dos refugiados.

Paris e Berlim mantêm uma grande convergência de posições sobre como abordar as exigências do primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, para organizar o referendo sobre sua permanência ou não na União Europeia.

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, apresentou na terça-feira uma proposta de acordo com o Reino Unido, que inclui concessões como permitir a Londres limitar os benefícios sociais de certos trabalhadores comunitários em seu território.

Outra questão nas conversas Hollande-Merkel é o problema dos refugiados, e a vontade de regular os fluxos de pessoas que atravessam o Mediterrâneo e entram na Europa.

Seus dois governos advertiram que o descontrole nas fronteiras exteriores da UE constituem uma ameaça para o Tratado de Schengen da livre circulação de pessoas na Europa.

A própria Merkel disse ontem que é preciso "proteger nossas fronteiras exteriores porque queremos manter Schengen", já que caso contrário, colocamos "em perigo a zona de livre circulação no mercado comum, que é um fundamento" do bem-estar europeu.

O ministro francês de Interior, Bernard Cazeneuve, visitou a Grécia e a Turquia para ver como atuam esses dois países para controlas as entradas de imigrantes e refugiados na Europa desde o outro lado do Mediterrâneo.

Cazeneuve considerou que a crise migratória necessita de uma resposta europeia, e isso significa pôr rápido em andamento os dispositivos para controlar os fluxos de entrada porque "a desordem e o caos só podem levar ao fim de Schengen".

O Eliseu, que advertiu que não está previsto que haja declarações ao término da entrevista, disse que antes do jantar, Hollande e Merkel poderiam aproveitar para examinar outras questões da atualidade internacional.

França e Alemanha estão entre os vários países que condenaram hoje o que parece um novo desafio à comunidade internacional da Coreia do Norte, ao lançar pela segunda vez um satélite ao espaço, o que é considerado um teste de mísseis encoberto.

A reunião de Estrasburgo de hoje é uma repetição de outra muito similar organizada também por Martin Schulz em 30 de janeiro de 2015.

Fontes da Eurocâmara explicaram que seu presidente quis assim reproduzir um esquema que "considerou útil" para "facilitar o diálogo entre dois parceiros fundamentais" da União Europeia.

EFE   
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