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Europa

Hollande decreta luto nacional após ataque contra revista "Charlie Hebdo"

7 jan 2015 - 18h56
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O presidente da França, François Hollande, declarou luto nacional em todo país como forma de homenagem aos 12 mortos no atentado contra a revista satírica "Charlie Hebdo" nesta quarta-feira, em Paris.

Em discurso na televisão francesa, Hollande disse que às 12h locais de amanhã (9h em Brasília) haverá concentrações em várias instituições públicas. As bandeiras de todo o país ficarão a meio mastro por três dias.

O presidente chamou as vítimas do ataque de "heróis" e garantiu que elas morreram "pela ideia de liberdade presente na França".

"Os cartunistas e jornalistas da 'Charlie Hebdo' lutavam por uma mensagem de liberdade que seguiremos defendendo em seu nome", afirmou.

"A República é a liberdade de expressão, a cultura, o pluralismo. Esse era o alvo dos terroristas", afirmou Hollande.

O presidente convocou para amanhã uma reunião com os líderes do Congresso francês e responsáveis por grupos políticos. Um outro encontro deve ser organizado com membros do governo.

Hollande garantiu que todos os meios estão sendo empregados para encontrar "os autores desta infâmia a fim de sejam detidos, julgados e punidos muito severamente".

"A liberdade é sempre mais forte que a barbárie. A união de todos, em todas as formas: essa deve ser a resposta".

Hollande revelou na manhã de hoje que vários atentados já tinham sido desarticulados nas últimas semanas.

As forças de segurança ainda buscam dois ou três homens responsáveis pelo atentado contra a sede da "Charlie Hebdo" na manhã de hoje, no leste de Paris.

Depois do ataque, eles fugiram em um Citröen C-3, usado também para a chegar ao local. Pouco depois, o carro foi abandonado após se chocar contra outro veículo no nordeste da capital.

O trio então assaltou o Renault Clio de um outro motorista, saindo de Paris pela "Porte de Pantin".

O nível de alerta antiterrorista foi elevado ao nível máximo na França.

Isso implica um reforço das medidas de segurança em lugares de grandes concentrações, como estações, galerias comerciais e centros policiais, além de uma maior presença policial dentro das redações dos principais veículos de comunicação franceses.

EFE   
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