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Europa

Holanda autoriza eutanásia para jovem vítima de abuso sexual

Mulher, de 20 anos, desenvolveu transtorno de estresse pós-traumático, anorexia grave, depressão e alucinações devido aos abusos

11 mai 2016 - 14h39
(atualizado às 14h41)
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Uma mulher vitima de abuso sexual na Holanda morreu após receber autorização da justiça para se submeter à eutanásia através de injeção letal. As informações são do site The Independent.

A mulher, que não teve a identidade revelada, tinha 20 anos e foi vítima de abuso sexual dos 5 aos 15 anos, de acordo com documentos divulgados pela Comissão de Eutanásia holandês. Como resultado do abuso, ela desenvolveu transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), anorexia grave, depressão crônica e tinha alucinações.

Foto: Robert Cianflone / Getty Images

Apesar das melhorias em seu estado de saúde mental depois de uma “terapia intensiva”, médicos acreditavam que suas múltiplas condições eram incuráveis e, há dois anos, concordaram com seu desejo de acabar com a vida.

Os médicos a julgaram “totalmente competente” e que não havia nenhum sinal de “depressão ou outro transtorno de humor que afetava seu pensamento”. A notícia da morte causou polêmica em países da Europa, como o Reino Unido, onde existe um intenso debate sobre a morte assistida.

Nikki Kenward, membro do grupo Distant Voices, que luta pelos direitos dos deficientes, disse que “é ao mesmo tempo horrível e preocupante que os profissionais de saúde mental possam considerar a eutanásia em qualquer forma como uma resposta às feridas complexas e profundas que resultam de um abuso sexual”.

Já o politico Robert Flello, do Partido Trabalhista, disse que “é quase uma mensagem de que se você for vítima de abuso, e, como resultado obter uma doença mental, você é punido sendo morto, que a punição para o crime de ser a vítima é a morte. Isso serve para reforçar o porquê do movimento no sentido de legalizar o suicídio assistido, ou a morte assistida, é tão perigoso”.

Os detalhes do caso foram liberados pelas autoridades holandesas para justificar a legalidade da eutanásia, com destaque para o nível de supervisão médica envolvida na morte assistida no país.

Fonte: Terra
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