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Europa

Guerrilheiros colombianos anunciam sequestro de "agentes" alemães

5 fev 2013 - 01h04
(atualizado às 01h07)
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A guerrilha do ELN, a segunda maior da Colômbia, assegurou que mantém em seu poder dois alemães que considera "agentes de inteligência", de acordo com um comunicado divulgado nesta segunda-feira em seu site.

"Unidades do ELN (Exército de Libertação Nacional) capturaram na região de Catatumbo (nordeste da Colômbia, perto da fronteira com a Venezuela) os senhores Breur Uwe e Breuer Günther Otto, de suposta nacionalidade alemã", indicou o texto na página www.eln-voces.com.

Pouco depois da publicação, o presidente Juan Manuel Santos exigiu que a guerrilha liberte os dois alemães. "Que os libertem porque somente eles, o ELN, serão responsáveis ante o mundo pela vida destes dois alemães", disse o mandatário em um ato público na cidade de Ibagué (200 km a oeste de Bogotá).

Um porta-voz da embaixada da Alemanha em Bogotá explicou à AFP que, "por enquanto, a embaixada evita fazer comentários em respeito às vítimas e as suas famílias".

O grupo rebelde indicou no comunicado que considera estas pessoas "agentes de inteligência" devido ao fato de "nas semanas que estão detidas, não terem conseguido justificar sua presença naquele território".

O grupo guerrilheiro não indicou em que dia o sequestro foi praticado. O ELN, que conta com cerca de 2,5 mil guerrilheiros, reivindicou há duas semanas o sequestro de seis funcionários de uma empresa de mineração, dos quais dois são peruanos e um é canadense.

O presidente colombiano também ofereceu a mediação do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) para esta libertação e assegurou que não "quis fazer uma operação militar para não colocar em risco a vida desses sequestrados", apesar de as autoridades já saberem a sua localização.

No final de 2012, esta guerrilha propôs se juntar ao processo de paz que o governo de Juan Manuel Santos realiza com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Na ocasião, o presidente colombiano pediu que o ELN desse gestos claros de sua vontade de paz antes de iniciar uma aproximação.

Nesta mesma segunda, o comando do ELN reafirmou "o seu compromisso com uma saída política para o conflito e sua disposição em trabalhar por ela, entendida como um caminho que se constrói em conjunto com a sociedade", segundo outro comunicado divulgado em seu site. As Farc e o ELN estão ativos na Colômbia desde 1964 e 1965, respectivamente.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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