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Europa

Guerrilha colombiana ELN mantém reféns há três meses aposentados alemães

7 fev 2013 - 16h13
(atualizado às 16h30)
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Dois aposentados alemães que estão em poder da guerrilha esquerdista ELN, da Colômbia, foram sequestrados em 3 de novembro no departamento (estado) de Norte de Santander (nordeste), informou esta quinta-feira a polícia, que disse ter informações de testemunhas não identificadas.

"Em 3 de novembro foram sequestrados no município de Teorama, Norte de Santander", disse o diretor do Grupo Anti-sequestro e Antiextorsão da Polícia (Gaula), Humberto Guatibonza, à emissora privada Blu Radio.

Segundo informações destas fontes, os irmãos Gunther e Uwe Breuer, ambos idosos, se movimentaram em setembro entre Quito (Equador), Colômbia e Venezuela, descreveu Guatibonza.

Posteriormente, voltaram a percorrer a Colômbia até serem sequestrados em Teorama, um povoado de 15.000 habitantes situado 670 km ao norte de Bogotá, na fronteira com a Venezuela.

Na segunda-feira passada, o Exército de Libertação Nacional (ELN)), segunda guerrilha da Colômbia, anunciou que tinha em seu poder os dois alemãs. Os insurgentes tacharam os europeus de "agentes de inteligência", argumentando que não conseguiram justificar sua presença na região.

O presidente Juan Manuel Santos repudiou esta acusação e exige da guerrilha que os liberte imediatamente, enquanto o governo alemão assegura que são turistas.

Guatibonza explicou que, apesar dos informes antecipados obtidos, só conseguiram identificar os sequestrados três semanas atrás, quando a família dos alemães procurou as autoridades de seu país para informar sobre seu desaparecimento.

Os alemães "se comunicavam com suas famílias a cada dois ou três meses, eles não têm celular. Coincidiu que se comunicaram com eles em setembro e a família começou a notar que não se comunicavam até o mês de janeiro", explicou o chefe de polícia.

Os dois aposentados, que teriam 69 e 73 anos, segundo Guatibonza, circulavam pela Colômbia no próprio carro, adaptado para transitar por vias complicadas, e orientando-se por mapas.

"Entraram em uma região onde possivelmente foram detidos por membros do ELN, a mando do indivíduo conhecido como 'Camarote', que foi a pessoa que os sequestrou", disse Guatibonza, que acredita que o ELN pode tê-los confundido com trabalhadores petroleiros.

Segundo informações da polícia, os alemãs "estão bem" embora um deles "tenha sofrido um problema de saúde, que já foi solucionado" e que ele não pôde detalhar.

O ENL, guerrilha que conta com 2.500 combatentes, também sequestrou em janeiro seis trabalhadores de uma companhia de mineração, entre eles dois peruanos e um canadense. O grupo insurgente não participa das negociações de paz que o governo mantém com a guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, comunistas).

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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