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Europa

Grã-Bretanha pode ter tido mais de 700 mortes por calor

18 jul 2013 - 14h11
(atualizado às 14h40)
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Pesquisa realizada pela Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres atribuiu ao calor entre 540 e 760 mortes ocorridas nas últimas semanas, quando as altas temperaturas se repetiram em boa parte da Grã-Bretanha. De acordo com cálculos do professor de estatística epidemiológica Ben Armstrong, o calor pode ter precipitado mortes, especialmente em casos de idosos, entre os dias 6 e 14 de julho.

"Há evidências de que algumas das mortes teriam sido prematuras devido ao calor, em especial entre pessoas muito frágeis, que teriam morrido apenas algumas semanas mais tarde", diz o professor no estudo, feito por encomenda do jornal The Times. Pesquisas afirmam que os riscos crescem com temperaturas acima dos 26ºC.

Alerta

Nesta quinta-feira, a Inglaterra elevou para o nível três o alerta à população quanto à onda de calor em todo o país. A capital, Londres, já estava sob esta classificação, que estabelece ação imediata dos serviços de atendimento à saúde junto a grupos considerados de risco em caso de altas temperaturas, como idosos e crianças.

A escala de alerta para o calor tem quatro níveis. No mais grave, o nível quatro, é declarado estado de emergência nacional. É quando mesmo as pessoas consideradas em forma e saudáveis correm risco de morte.

Esta é a mais longa onda de calor desde 2006, com seis dias consecutivos de temperaturas acima de 30°C. Na quarta-feira passada, foi registrada a temperatura máxima de 32ºC deste ano. A previsão é de que o calor continue ao menos por mais uma semana, com temperaturas na faixa dos 20ºC neste fim de semana, antes de subir para 30°C na próxima semana - trazendo um aumento do risco de trovoadas.

O serviço de saúde da Inglaterra aconselha as pessoas a beberem muitos líquidos frios e se manterem atentas sobre pessoas de saúde frágil. "O nível três de alerta significa agir. Para nós, o verão é maravilhoso, mas a verdadeira preocupação é que não estamos acostumados ao calor neste país e não somos cientes dos riscos", disse Virginia Murray, chefe de Saúde Pública da Inglaterra, ao afirmar que funcionários públicos já estão atuando junto aos grupos de risco.

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