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Europa

Governo francês endurece política contra ciganos

28 jul 2010 - 16h17
(atualizado às 16h27)
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O governo francês vai intensificar sua política de demolição de acampamentos ilegais de ciganos e extradição deles para a Romênia e a Bulgária, um anúncio criticado pelas associações dos direitos humanos que denunciam a "estigmatização" de uma população.

O presidente Nicolas Sarkozy convocou uma reunião nesta quarta-feira no Palácio do Eliseu para discutir "problemas de comportamento de alguns", após um episódio de violência ocorrido há cerca de dez dias em um município no centro da França.

Uma delegacia foi atacada, depois que um jovem cigano foi morto por um policial durante uma perseguição.

No final da reunião de governo, o ministro do Interior, Brice Hortefeux, anunciou a demolição de metade dos acampamentos ilegais de ciganos em três meses. Falou também da transferência "praticamente imediata" para a Romênia e a Bulgária daqueles ciganos que cometeram delitos.

Hortefeux estimou que existam cerca de 300 "acampamentos ou squatts" registrados, localizados em sua maioria nas periferias, e alguns deles, segundo o governo, "são pontos de tráfico de drogas, exploração infantil em mendicância, prostituição ou deliquência".

Os "viajantes", um termo administrativo francês para agrupar diversas etnias ciganas, têm origem principalmente nos Bálcãs, em particular na Romênia, e representam um total de 400 mil pessoas na França (95% deles têm nacionalidade francesa). Os romas (etnia cigana) representam 15 mil pessoas e seu número aumenta.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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