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Europa

Governo alerta para aumento de risco de atentados na França

20 set 2010 - 10h42
(atualizado às 14h44)
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O ministro do Interior da França, Brice Hortefeux, confirmou nesta segunda-feira que a ameaça de ataque na França é "real", no momento em que a justiça investiga a possibilidade de um atentado suicida em Paris e os serviços de informação mencionam uma "ameaça iminente".

"É uma ameaça real e reforçamos a vigilância", disse nesta segunda-feira o ministro do Interior, Brice Hortefeux, que também lembrou que o plano de segurança Vigipirate está no nível vermelho, última etapa antes do nível escarlate, ativado em caso de risco de atentado iminente.

"O governo se baseia em informações de um país amigo, que indicam que a Al-Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI) pode cometer um atentado na França", afirmou uma fonte dos serviços de segurança do país. Outra fonte ligada ao ministério do Interior destacou que a informação seria procedente da Argélia.

A polícia antiterrorista investiga uma informação sobre uma mulher suspeita de planejar um atentado suicida em Paris. Duas redes jihadistas distintas, até então células adormecidas, com recursos financeiros na França, teriam sido ativadas recentemente com a chegada ao país de islamitas radicais, possivelmente de volta do Paquistão e Afeganistão.

Fontes dos serviços de inteligência afirmaram à AFP que os elementos disponíveis elevam a ameaça a um "nível muito alto".

"Não sabemos quando e onde acontecerá o atentado, mas sabemos que acontecerá", afirmou uma fonte, que pediu anonimato.

Hortefeux afirmou nesta quinta-feira, após o sequestro de cinco franceses e dois africanos no Níger e um alerta falso de bomba contra a emblemática Torre Eiffel de Paris, que a ameaça de um ataque contra interesses franceses havia aumentado.

Com a aprovação, no dia 14 de setembro, de uma lei que proíbe o véu islâmico integral em locais públicos, a participação do contingente francês nos combates no Afeganistão e o ataque em julho de um comando francês a uma base da AQMI, que deixou sete mortos entre os jihadistas, a lista de motivações para os extremistas contra Paris é longa.

Em meados de agosto, a AQMI anunciou que o presidente francês, Nicolas Sarkozy, "abriu as portas dos distúrbios" na França ao ordenar a operação de julho. Ao mesmo tempo, o reitor da Grande Mesquita de Paris, Dalil Boiubakeur, está sob proteção das forças de segurança por tempo indeterminado.

A França foi cenário de atentados islamitas no verão de 1995, que deixaram oito mortos e 200 feridos.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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