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Europa

Governo alemão confirma participação de refugiados em agressões em Colônia

8 jan 2016 - 11h20
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O porta-voz do Ministério de Interior da Alemanha, Tobias Plate, informou nesta sexta-feira que a Polícia Federal, encarregada da segurança na estação de trem de Colônia, identificou 31 das pessoas envolvidas nos crimes da noite de ano novo, principalmente por roubos e lesões, e assinalou que 18 deles eram solicitantes de asilo.

Em entrevista coletiva, o governo confirmou a presença de peticionários de asilo nos incidentes de Colônia, depois de a polícia local, responsável pela segurança na rua, afirmar que ao redor de mil homens, a maioria com traços "árabes e do norte da África", se reuniram em frente à estação e, em grupos, agrediram sexualmente dezenas de mulheres.

Segundo o porta-voz de Interior, a polícia federal só recebeu três denúncias por crimes sexuais, sem terem identificado os possíveis autores.

Dos 31 suspeitos identificados no interior da estação e em uma faixa de 30 metros em torno dela - de competência da polícia federal, nove eram argelinos, oito marroquinos, quatro sírios, cinco iranianos, um iraquiano, um sérvio, um americano e dois alemães.

A polícia local de Colônia não deu dados concretos sobre sua atuação nesta noite, e está no centro da maioria das críticas.

Em sua primeira declaração oficial sobre os incidentes, a polícia local afirmou que só soube da dimensão dos fatos quando, nos primeiros dias do ano, começou a receber dezenas de denúncias de mulheres agredidas.

A polícia de Colônia elevou hoje para 170 as denúncias pelos incidentes do reveillon, e confirmou que 75% delas são por agressões sexuais.

A polícia da cidade informou ainda da prisão de dois ladrões de carteiras, de 16 e 23 anos, naturais do Marrocos e da Tunísia, respectivamente, e que poderiam ter envolvimento também nos ataques da noite de ano ano relacionados com os fatos de ano novo.

Segundo informações da imprensa local, foram encontrados em seus telefones gravações de agressões a mulheres, embora as forças de segurança, que investigam 21 supostos delinquentes não tenha confirmado isso.

Além disso, foram apreendidos papéis em que tinham escrito frases de conteúdo sexual traduzidas do árabe ao alemão.

O porta-voz da Chancelaria, Georg Streiter, insistiu na necessidade de investigar a fundo o que aconteceu em Colônia e aplicar todo o rigor da lei para os agressores, reiterando a mensagem feita nos últimos dias pela chanceler, Angela Merkel.

Segundo ela, não esclarecer todos os detalhes do que aconteceu prejudica o estado de direito, mas também a grande maioria dos solicitantes de asilo que buscaram refúgio na Alemanha.

O porta-voz da Chancelaria confirmou que é necessário refletir sobre a atual legislação e estudar também as possibilidades legais de expulsão do país de condenados estrangeiros, um dos debates abertos no país após a agressão de Colônia.

EFE   
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