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Europa

Gordon Brow não se beneficiou de palestras que realizou após deixar poder

28 mai 2013 - 11h31
(atualizado às 12h09)
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As palestras realizadas pelo ex-primeiro-ministro do Reino Unido Gordon Brown geraram 1,3 milhão de libras (cerca de R$ 4 milhões) no último ano, mas o político não ficou com nenhuma parte do dinheiro, informou nesta terça-feira um porta-voz do trabalhista.

Ao contrário de seu antecessor, Tony Blair, que recebeu uma volumosa quantia após sua saída do poder em 2007 em função de suas palestras, Brown optou por não se beneficiar de seus discursos e palestras e doou tudo que recebeu para instituições e fundos de caridade.

Segundo um porta-voz de Brown (primeiro-ministro entre 2007 e 2010), o único salário que o político tem é o de parlamentar, avaliado em 65.738 libras (cerca de R$ 204.000). O trabalhista também renunciou a pensão como antigo chefe de governo.

"Brown não recebe pessoalmente nem um centavo de discursos e artigos. Não tem uma segunda fonte de receita. O dinheiro gerado pelas palestras vai para a beneficência", disse o porta-voz.

O funcionário esclareceu a situação depois que o jornal "The Guardian" publicou na segunda-feira que o ex-primeiro-ministro era o deputado que tinha a maior receita além da atividade como parlamentar.

De acordo com a lei, os deputados estão autorizados a terem outros trabalhos fora do Parlamento, mas precisam declarar suas atividades.

Segundo o "The Guardian", 295 deputados dos 650 da câmara dos Comuns receberam algum tipo de renda externa, sendo que 20 deles ganharam mais por outros trabalhos do que como parlamentares.

A decisão de Brown de não cobrar contrasta com a de Tony Blair, primeiro-ministro entre 1997 e 2007, que ao deixar o poder recebeu dinheiro por palestras e consultorias, quantia que segundo a imprensa britânica chegou a 25 milhões de libras ao ano (aproximadamente R$ 77 milhões).

EFE   
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