PUBLICIDADE

Europa

Giorgio Napolitano é reeleito presidente da Itália

É a primeira vez que um presidente da República italiana é reeleito

20 abr 2013 - 13h28
(atualizado às 16h33)
Compartilhar
Exibir comentários
<p>Reeleição do presidente Giorgio Napolitano é situação inédita na Itália</p>
Reeleição do presidente Giorgio Napolitano é situação inédita na Itália
Foto: Max Rossi / Reuters

Giorgio Napolitano, 87 anos, foi reeleito presidente da Itália neste sábado, na sexta votação no Parlamento. O resultado (738 votos) foi recebido com um longo aplauso na sala legislativa, enquanto do lado de fora grupos de manifestantes do midiático Movimento Cinco Estrelas do comediante antissistema Beppe Grilo protestavam contra sua nomeação.

Napolitano afirmou em um discurso na sede da Presidência que se encontra diante de "uma prova difícil em um momento crucial para o país". "Na próxima segunda-feira, perante o Parlamento, terei chances de dizer quais foram os termos que considerei para ter decido aceitar, com absoluta limpeza, o pedido das forças políticas para minha reeleição", anunciou.

"O objetivo do meu novo mandato será reforçar as instituições da República", assegurou o presidente reeleito, que jurará seu cargo na próxima segunda-feira, às 12h30 (de Brasília). Nesta fase difícil para o país, "todos terão que honrar seus deveres" com o objetivo de "reforçar as instituições da República", manifestou Napolitano, que, em seu breve comparecimento, também ressaltou que se centrará em suas funções institucionais de presidente da República.

A votação aconteceu após os líderes dos maiores partidos políticos, com exceção do Movimento Cinco Estrelas, solicitaram a Napolitano que aceitasse seguir como presidente devido ao impasse político no qual a Itália se encontra. A decisão do atual chefe de Estado, cujo primeiro mandato termina no dia 15 de maio, cria uma situação inédita, já que é a primeira vez na história que um presidente da República é reeleito.

O veterano ex-comunista, que em sete anos de mandato precisou resolver complicadas crises políticas, aceitou o pedido, embora não se saiba se impôs condições como a formação de um governo que consiga aprovar a reforma da controversa lei eleitoral. "O sentimento de responsabilidade perante a nação me impulsiona e confio em uma análoga responsabilidade coletiva", afirma a nota ao se referir às votações no Parlamento.

A terceira economia da Eurozona encontra-se à deriva, diante da pior crise política da história republicana. "A Itália está encalhada. Não apenas falta uma maioria e um governo ao país, mas também é incapaz de eleger o chefe de Estado", sustenta em um editorial, o jornal La Repubblica sob o emblemático título de "O naufrágio".

As duas maiores formações políticas de esquerda e direita optaram pelo voto em branco para ganhar tempo e abrir complicadas negociações entre as forças políticas com a intenção de acalmar o clima tenso diante das duas derrotas da esquerda, vencedora parcial das eleições legislativas do fim de fevereiro, mas incapaz de apresentar um candidato que alcance o consenso por suas divisões internas.

Com informações das agências internacionais. 

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade