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Europa

Fundador do WikiLeaks recorrerá de ordem de prisão sueca

18 nov 2010 - 17h51
(atualizado às 19h11)
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O fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, tem a intenção de recorrer da ordem de prisão emitida contra ele pela justiça sueca por suposto estupro e agressão sexual, indicou nesta quinta-feira seu advogado britânico. Em declaraçõs após um tribunal sueco anunciar uma ordem de prisão contra Assange, seu advogado, Mark Stephens, confirmou que seu cliente estava em Londres nesta quinta-feira de manhã, mas negou-se a revelar sua localização atual.

Bjorn Hurtig, advogado do fundador da WikiLeaks Julian Assange, esclarece dúvidas da imprensa em Estocolmo
Bjorn Hurtig, advogado do fundador da WikiLeaks Julian Assange, esclarece dúvidas da imprensa em Estocolmo
Foto: AP

Assange, um australiano de 39 anos, sempre negou as acusações que pesam sobre ele e sugeriu que podem ser parte de uma "campanha difamatória" contra o WikiLeaks por ter publicado documentos secretos americanos sobre as guerras do Iraque e do Afeganistão. Stephens criticou o Ministério Público britânico e disse que na audiência desta quinta-feira foi a primeira vez que os advogados de Assange ouviram os detalhes das acusações desde que se tornaram públicas em agosto passado.

A acusação de estupro "não se sustenta nos fatos", acrescentou Stephens. "Tanto o promotor quando a defesa estão de acordo de que foi um acidente de sexo consensual no qual o preservativo se rompeu. Dizem que isto equivale a estupro, nós dizemos que não", acrescentou. O advogado disse que seu cliente estava em Londres nesta quinta-feira de manhã, mas que ignorava seu paradeiro atual.

"Desloca-se e mantém o local onde se encontra bastante discreto mas, dito isto, não fugiu", acrescentou Stephens. "Apesar de seu direito de ficar em silêncio, meu cliente se ofereceu em diversas ocasiões para ser interrogado, primeiro na Suécia antes de ir embora, e depois no Reino Unido (inclusive na embaixada da Suécia), pessoalmente ou por telefone, videoconferência ou e-mail", declarou o advogado em um comunicado antes da confirmação da ordem judicial.

"Todas estas ofertas foram categoricamente rejeitadas por um promotor que abusou de seus poderes", disse. Por sua vez, as autoridades britânicas disseram que não têm por costume comentar as ordens de prisão internacionais até que a pessoa envolvida tenha sido presa.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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