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Europa

Funcionárias da Fiat na Itália se rebelam contra uniforme

Segundo as funcionárias, o macacão branco causa situações incômodas no período menstrual

13 out 2015 - 10h26
(atualizado às 11h15)
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Trabalhadoras do grupo automobilístico Fiat em uma fábrica na Itália começaram uma batalha, que nesta terça-feira (13) chegou aos meios de comunicação, contra a imposição do macacão branco pelas situações incômodas que pode causar às mulheres em período menstrual.

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Essa batalha se endureceu dias depois que a resposta por parte da empresa às funcionárias em Melfi (sul) tenha sido a de colocar à disposição das mulheres shorts íntimos para que se protejam no período menstrual.

Pina Imbrenda, funcionária e representante do sindicato metalúrgico Fiom na fábrica de Melfi, após escutar as queixas de suas companheiras decidiu recolher as assinaturas para protestar contra a imposição do macacão branco, que é chamado com desprezo de "pijama".

"Uma situação um tanto violenta. Temos apenas dez minutos de pausa, por isso que não podemos ir ao banheiro para trocar o absorvente toda hora. Quando acontece (de vazar) também não podemos ir para casa e nos trocar", denunciou Pina à imprensa italiana.

Pina explicou que é fácil ocorrer vazamentos durante esses dias já que em sua atividade é necessário agachar para entrar no carro e colocar as peças, e denuncia como depois se sentem humilhadas pelos "comentários estúpidos" de alguns companheiros homens.

O pedido para mudar a cor dos macacões de trabalho imposto há quatro anos, e voltar, por exemplo, ao anterior e mais discreto azul marinho, conseguiu em poucos dias 400 assinaturas das cerca de 600 mulheres que trabalham nesta fábrica, uma das maiores da montadora automobilística na Itália e que conta com 8 mil empregados.

A resposta da empresa ao pedido indignou ainda mais as trabalhadoras. "Desde janeiro será proporcionado um short para usar debaixo do macacão a todas as mulheres em período menstrual", é possível ler no comunicado da empresa.

"A hipótese de solucionar este problema nos dando uma espécie de fralda nos deixa ainda mais humilhadas”, comentou a sindicalista.

Sobre este tema também se expressou a responsável da Igualdade de Oportunidades do governo italiano, Giovanna Martelli, que afirmou em uma nota que "o pedido das trabalhadoras não pode ser ridiculizado e ainda menos ignorado".

"Mudar a cor do macacão de trabalho não é um pedido para seguir uma moda, mas simplesmente um pedido que nasce da necessidade de se sentir à vontade e poder assim desenvolver seu trabalho da melhor maneira possível", disse.

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EFE   
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