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Frase metálica "O trabalho liberta", de Auschwitz, é roubada

18 dez 2009 - 08h39
(atualizado às 10h36)
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A famosa placa metálica na entrada do campo de concentração nazista de Auschwitz, que diz "Arbeit macht frei" ("o trabalho liberta"), foi furtada na sexta-feira, segundo autoridades. O Yad Vashem, memorial do Holocausto em Jerusalém, disse que o incidente é "um ataque à memória do Holocausto".

Frase "O trabalho liberta" é um dos símbolos do campo de concentração Auschwitz I, na Polônia
Frase "O trabalho liberta" é um dos símbolos do campo de concentração Auschwitz I, na Polônia
Foto: Reuters

Cerca de 1,5 milhão de pessoas, a maioria judias, morreram nesse campo de extermínio nazistas no sul da Polônia durante a Segunda Guerra Mundial. Os prisioneiros que chegavam ao campo passavam sob um portão encimado pela frase em alemão. Depois da guerra, mais de 200 hectares do campo viraram um museu, visitado anualmente por centenas de milhares de pessoas.

"Hoje de manhã, guardas patrulhando o local notaram que a placa não estava no seu lugar", disse Jaroslaw Mensfelt, porta-voz do museu, à Reuters. "Notificamos a polícia imediatamente."

De acordo com ele, a polícia está examinando as imagens de câmeras de vigilância. "Já instalamos uma réplica sobre o portão. Ela foi usada no passado enquanto o original era reparado. Espero que o original seja rapidamente recuperado e que os ladrões sejam apanhados", disse Mensfelt.

"Não se trata só de um furto, mas de uma horrível profanação de um lugar onde mais de 1 milhão de pessoas foram assassinadas, no maior local desse tipo nesta parte do mundo. É realmente um ato lamentável."

A frase "Arbeit macht frei" tornou-se um símbolo dos esforços nazistas para dar às vítimas uma falsa sensação de segurança antes de matá-las em câmeras de gás ou por causa do frio, da fome, de doenças ou experiências.

Os ingressos cobrados no museu não são suficientes para preservar o local, e neste ano a Polônia fez um apelo por sua manutenção. Grã-Bretanha e Alemanha, entre outros, ofereceram ajuda financeira.

Em janeiro, o campo celebra 65 anos da sua liberação pelas tropas soviéticas, e pretende inaugurar uma exposição nos antigos alojamentos dos prisioneiros.

EFE   
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