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Europa

França mantém ofensiva aérea em Mali contra avanço salafista

13 jan 2013 - 08h55
(atualizado às 13h17)
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A França manteve sua ofensiva aérea em Mali da noite de ontem à manhã deste domingo, em uma tentativa de conter o avanço rumo ao sul do país africano dos grupos salafistas que controlam a região norte, informou o ministro da Defesa, Jean-Yves Le Drian.

Imagem divulgada pelo Exército francês mostra jato Mirage 2000 no trajeto França-Chade
Imagem divulgada pelo Exército francês mostra jato Mirage 2000 no trajeto França-Chade
Foto: AP

"Há incursões de maneira constante", disse Le Drian em entrevista à rede de TV i-télé na qual lembrou que o objetivo final é fazer com que Mali recupere sua integridade territorial. O ministro acrescentou que aviões franceses conseguiram destruir hangares e outros alvos "sensíveis" e insistiu que a "França está em guerra contra o terrorismo, esteja onde estiver".

A ação francesa, que inclui o envio de unidades à capital malinesa, Bamako, não foi preparada com muita antecedência, mas teve que acontecer às pressas, segundo Le Drian, devido ao pedido de ajuda feito na quinta-feira pelo presidente interino de Mali, Dioncunda Traoré, e pela constatação de que, se a França não agisse, Bamako "teria caído em dois ou três dias".

A ofensiva salafista, que começou na quinta-feira, é liderada pelo grupo Ansar al-Din, apoiado pelos jihadistas da Al-Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI) e pela organização Monoteísmo e Jihad na África Ocidental (MYAO), que de acordo com Le Drian são grupos "muito bem armados e motivados".

"Esses terroristas são ao mesmo tempo uma mistura perigosa entre fundamentalistas islamitas e mercenários e traficantes", explicou nessa entrevista, na qual declarou que embora sejam "os mesmos que buscam fazer do território entre Mauritânia e Líbia um espaço sem lei, a novidade é que decidiram se agrupar para atuar".

O ministro acrescentou que o piloto de helicópteros francês morto ontem durante a ofensiva aérea foi atingido por um disparo, e não por um míssil, e disse que entre os rebeldes houve "um número significativo de baixas", que não revelou.

EFE   
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