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Europa

França faz campanha para desencorajar potenciais jihadistas

"Eles dizem a você: 'sacrifique-se ao nosso lado e estará defendendo uma causa nobre'. Na verdade, você descobrirá o inferno na terra e morrerá sozinho, longe de casa", afirmam as mensagens

28 jan 2015 - 17h11
(atualizado às 19h11)
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O presidente da França, François Hollande, discursa durante evento em Paris. 19/01/2015
O presidente da França, François Hollande, discursa durante evento em Paris. 19/01/2015
Foto: Philippe Wojazer / Reuters

A França divulgou nesta quarta-feira um vídeo curto e um site de Internet concebidos para desencorajar jihadistas em potencial a se unirem a grupos islâmicos atuantes na Síria e no Iraque, onde recrutadores vêm atraindo centenas de ocidentais usando clipes bem produzidos e mídias sociais.

Na montagem de dois minutos de ritmo intenso, um recrutador não identificado aborda um jihadista em potencial no Facebook ao notar seu interesse no conflito sírio e pergunta se ele gostaria de se juntar a amigos que lutam "lá".

Em seguida, o vídeo mostra uma série de mensagens de recrutamento de jihadistas superpostos a imagens de militantes islâmicos comemorando, e que logo são negados por declarações sobre a "realidade" diante de filmagens de execuções, crucificações, crianças sofrendo e mulheres chorando.

"Eles dizem a você: 'sacrifique-se ao nosso lado e estará defendendo uma causa nobre'. Na verdade, você descobrirá o inferno na terra e morrerá sozinho, longe de casa", afirmam as mensagens.

França divulga novas medidas para conter terrorismo:

O vídeo foi publicado num novo site com informações para pais temerosos de que seus filhos se unam aos combates e inclui um número de telefone para que liguem gratuitamente e falem com especialistas em doutrinação.

Financiada pelo governo, a iniciativa se segue a medidas semelhantes adotadas nos Estados Unidos, inclusive um vídeo e o perfil de Twitter #ThinkAgainTurnAway (Pense Bem e Volte Atrás), que tem mais de 2.000 seguidores e publica relatos contra o Estado Islâmico com frequência.

O governo francês estima que cerca de 1.200 pessoas estão envolvidas com círculos jihadistas e que várias centenas foram à Síria e ao Iraque, mais do que qualquer país ocidental.

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