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Europa

França busca atirador que atacou jornal, emissora e banco em Paris

18 nov 2013 - 15h55
(atualizado às 17h23)
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Frame de vídeo de circuito interno mostra o atirador durante ataque ao jornal Libération
Frame de vídeo de circuito interno mostra o atirador durante ataque ao jornal Libération
Foto: AFP

A polícia francesa está à caça de um atirador acusado de atacar nesta segunda-feira as sedes do jornal Libération e do banco Société Générale em Paris. Um fotógrafo de 27 anos foi gravemente ferido na redação do Libération.

Autoridades acreditam se tratar do mesmo homem que invadiu o escritório parisiense da emissora noticiosa BFMTV na sexta-feira.

Segundo o Libération, as imagens do suspeito são parecidas com o do agressor da BFMTV - na ocasião, ele disparou todas as balas do cartucho de sua arma na recepção da emissora. "Na próxima vez, não vou errar", disse o criminoso a um editor que ele ameaçou.

Acredita-se que o suspeito seja um homem entre 40 e 45 anos, de cabeça raspada e acima do peso.

Policiais estão vigiando as principais redações jornalísticas da capital francesa.

Ataques

O correspondente da BBC em Paris, Christian Fraser, relata que houve momentos de tensão na capital francesa nesta segunda-feira, quando um helicóptero policial sobrevoou a avenida Champs Élisées temendo que o atirador estivesse indo em direção à Torre Eiffel. Supõe-se que, em vez disso, ele tenha entrado no metrô.

Autoridades pediram que os parisienses permaneçam em casa se puderem. A polícia diz que o suspeito estava calmo e seguro cada vez que fugiu dos locais onde disparou.

Às 10h15 (hora local) desta segunda-feira, o agressor entrou no escritório do Libération, no leste de Paris, e disparou - sem falar nada - atingindo um fotógrafo no peito e na barriga antes de escapar. O jornal diz que três cartuchos vazios de balas foram encontrados.

Policiais montam guarda em frente ao banco Societe Generale no distrito de La Defense
Policiais montam guarda em frente ao banco Societe Generale no distrito de La Defense
Foto: AFP

Duas horas depois, o banco Société Générale confirmou que um homem abriu fogo diante de sua sede, no bairro comercial de La Defense (oeste). Ninguém ficou ferido, informou o banco.

Uma testemunha disse ao jornal Le Figaro ter ouvido um forte disparo e ter visto um homem vestindo um casaco cáqui e um boné e carregando uma arma de fogo. Houve pânico no local, e o suspeito fugiu, disse a testemunha.

Segundo a polícia, ele então obrigou um motorista de táxi a transportá-lo à Champs Élysées, sob ameaça de detonar uma granada. O nome do suspeito não foi divulgado.

Fotógrafo freelancer

Relatos dão conta de que a vítima alvejada no jornal é um fotógrafo assistente freelancer recém-chegado ao Libération para trabalhar em uma sessão de fotos de moda. Era seu primeiro dia de trabalho.

A polícia isolou a área ao redor do jornal. O ministro do Interior, Manuel Valls, esteve no local, juntamente com a ministra da Cultura, Aurelie Filippetti, e do prefeito de Paris, Bertrand Delanoe.

"Enquanto essa pessoa estiver à solta e não soubermos suas motivações, ela representa uma ameaça", disse Valls. "Precisamos agir rápido."

O presidente francês, François Hollande, pediu que Valls mobilize todos os meios necessários para identificar o suspeito e esclarecer seus ataques.

"Em uma democracia, é muito, muito sério que alguém invada uma redação jornalística com uma arma, independentemente de seu estado mental", disse o editor do Libération, Nicolas Demorand.

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