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Europa

Filha de Tymoshenko pede ajuda alemã sobre situação de mãe

7 mai 2012 - 16h45
(atualizado às 16h56)
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Eugenia Tymoshenko, filha da ex-premiê ucraniana Yulia Tymoshenko, se reuniu nesta segunda-feira com o ministro da Justiça alemão, em Berlim, para pedir ajuda aos alemães na tentativa de pressionar os europeus a tomarem partido sobre a prisão de sua mãe. Em encontro a portas fechadas, Eugenia dialogou com o ministro Sabine Leutheusser-Schnarrenberger sobre as agressões físicas denunciadas pela mãe, presa desde agosto, e o Estado de Direito na ex-república soviética.

Eugenia, filha da ex-premiê ucraniana, chega para reunião a portas fechadas com o ministro da Justiça alemão
Eugenia, filha da ex-premiê ucraniana, chega para reunião a portas fechadas com o ministro da Justiça alemão
Foto: AP

Yulia Tymoshenko, 51 anos, iniciou uma greve de fome na prisão em 20 de abril em protesto aos supostos espancamentos que teria sofrido de guardas prisionais. Na sexta-feira, a Ucrânia rejeitou a solicitação da ex-premiê para a abertura de um inquérito criminal. Ela também reclama de fortes dores nas costas, mas recusou tratamento médico por especialistas ucranianos. A denúncia de Tymoshenko, que cumpre pena de sete anos de prisão por abuso de poder, alarmou os líderes ocidentais, que passaram a considerá-la prisioneira política.

Steffen Seibert, porta-voz do governo alemão, disse que a chanceler Angela Merkel não se reunirá com Eugenia, mas "está se colocando a par de todos os acontecimentos do caso Tymoshenko". No percurso até a reunião, Eugenia não deu muitos detalhes sobre o objetivo de sua visita, mas tenta definir uma conferência de imprensa com os legisladores do partido de Merkel ainda para esta segunda-feira.

A Alemanha se ofereceu para tratar a ex-premiê, mas Kiev rejeitou a oferta. No entanto, Tymoshenko teria concordado em receber cuidados a partir desta terça-feira em uma unidade ucraniana, mas somente na presença de um médico alemão. Berlim lidera uma postura crítica da Europa sobre a manipulação da Ucrânia ao lidar com os casos da ex-premiê e outros presos políticos da oposição.

Tymoshenko diz ser vítima de uma armação de seu rival, o presidente Viktor Yanukovich. As acusações trouxeram de volta a indignação no Ocidente com a sua condição. Alguns políticos europeus afirmam que o caso reflete um declínio dos padrões democráticos na Ucrânia desde que Yanukovich subiu ao poder em fevereiro de 2010.

Com informações das agências AP e Reuters

Fonte: Terra
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