PUBLICIDADE

Europa

Familiares buscam investigação na Espanha sobre morte de dissidente cubano

6 ago 2013 - 12h10
(atualizado às 12h27)
Compartilhar

A família do dissidente cubano Oswaldo Payá, que morreu em um acidente de carro na ilha no ano passado, se prepara para lançar uma ação legal na Espanha na tentativa de pedir uma investigação sobre sua morte, disse um dos familiares dele.

Carlos Payá, irmão de Oswaldo, um dos mais importantes líderes da pequena comunidade de oposição de Cuba, disse que a família está preparando um caso a ser levado a uma alta corte da Espanha.

Alguns familiares de Payá alegam que agentes do governo cubano jogaram o carro dele para fora da estrada, embora o espanhol Carromero Anjo, que estava dirigindo o veículo, tenha sido condenado por um tribunal cubano, no ano passado, por condução imprudente.

O caso já causou discórdia diplomática entre Cuba e Espanha, que trabalhou duro nos bastidores para obter a transferência de Carromero. A Espanha é um importante parceiro comercial para Cuba e o maior investidor europeu na ilha caribenha.

Oswaldo Payá tinha nacionalidade espanhola, o que significa que a alta corte da Espanha pode investigar sua morte, mesmo que tenha ocorrido no exterior.

"Queremos uma investigação com base em todas as informações que temos", disse Carlos Payá, que mora na Espanha, por telefone nesta terça-feira.

"Nós tomamos a decisão (de lançar uma ação legal na Espanha) há algumas semanas. Agora estamos no período de olhar para os aspectos técnicos", acrescentou, sem especificar quando um processo seria apresentado. Ele disse que a família tinha contratado advogados, mas se recusou a nomear a empresa.

Carromero, o espanhol condenado por condução imprudente, retornou à Espanha no final do ano passado para cumprir o resto de sua pena de quatro anos. Ele foi libertado da prisão, embora esteja marcado eletronicamente.

(Por Sarah White)

Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Compartilhar
Publicidade