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Europa

Ex-chanceler alemão alerta para risco de 3ª Guerra Mundial

Em entrevista, Helmut Schmidt , hoje com 95 anos aborda o agravamento da crise na Ucrânia

16 mai 2014 - 10h49
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<p>Ex-chanceler alemão Helmut Schmidt</p>
Ex-chanceler alemão Helmut Schmidt
Foto: AP

O ex-chanceler alemão Helmut Schmidt advertiu sobre os riscos de uma Terceira Guerra Mundial e atribuiu à União Europeia parte da responsabilidade no agravamento da crise ucraniana, em uma entrevista divulgada nesta sexta-feira.

"O risco de que a situação se agrave, como em agosto de 1914, cresce a cada dia", assegurou o social-democrata de 95 anos, que nasceu pouco depois do fim da Primeira Guerra Mundial e serviu ao exército alemão na Segunda, em entrevista ao jornal Bild.

"A situação me parece cada vez mais comparável. A Europa, os americanos e também os russos se comportam como o autor (de origem australiana) Christopher Clark descreve em seu livro 'Os sonâmbulos'", acrescentou.

Neste livro, Clark descreve as causas que levaram a Europa à sangrenta Primeira Guerra Mundial.

O ex-chanceler alemão também criticou os burocratas de Bruxelas que entendem muito pouco da política externa e "colocam a Ucrânia diante da suposta opção de escolher entre o leste e o oeste".

"O exemplo mais recente é a tentativa da Comissão Europeia de integrar a Ucrânia. E isso depois da Geórgia (que teve uma breve guerra com a Rússia em 2008). É preciso lembrar que a Geórgia está fora da Europa. Isso é megalomania por parte de Bruxelas", acrescentou o homem que foi chanceler entre 1974 e 1982.

Para compensar o poder da Comissão Europeia, "composta por 28 comissários e milhares de burocratas", Schmidt convoca um golpe que daria mais prerrogativas ao Parlamento europeu.

"Isso ocorrerá apenas se houver uma rebelião do Parlamento", disse, a 19 dias das eleições europeias.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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