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Europa

EUA mantêm ETA como grupo terrorista e elogiam cooperação com Espanha

30 mai 2013 - 16h25
(atualizado às 16h43)
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Os Estados Unidos mantiveram em seu relatório anual sobre o terrorismo mundial o grupo espanhol ETA na lista de organizações terroristas, e elogiaram no documento a cooperação e o intercâmbio de informações do governo espanhol em matéria antiterrorista.

"A Espanha continua enfrentando a ameaça que o grupo terrorista local ETA significa, assim como a ameaça transnacional que significam Al Qaeda e seus filiados", adverte o governo americano em seu relatório.

O documento afirma ainda que "centrada em uma cooperação internacional sustentada, especialmente na França, a Espanha alcançou um considerável sucesso na luta contra o ETA após debilitar o grupo terrorista que em outubro de 2011 anunciou uma suspensão definitiva de sua atividade armada, reconfirmada pelo ETA em 9 de julho de 2012 em comunicado".

No entanto, os Estados Unidos remetem ao relatório publicado em abril pela Europol e adverte que o ETA continua ativa tentando recrutar novos membros e obtendo informação de possíveis novos alvos.

Apesar de ter anunciado a cessação da violência, a banda não anunciou a entrega de armas ou a dissolução da organização terrorista, assinala o relatório de Washington.

Em relação à rede terrorista Al Qaeda, o documento americano reconhece os esforços da Espanha para reduzir a "ameaça permanente de sequestros" provocada pela Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI) e o aumento de sua cooperação com a Argélia, o Mali e a Mauritânia para combater e conter esse grupo.

"A Espanha cooperou estreitamente com os Estados Unidos para combater o terrorismo e foi um parceiro cooperante nas investigações conjuntas e na troca de informação", acrescenta o texto.

Os Estados Unidos detalham no relatório que a Espanha não sofreu nenhum ataque terrorista em 2012, mas menciona os sequestros sofridos por duas voluntárias espanholas no Quênia, que permanecem presas, assim como o sequestro de outros dois cidadãos espanhóis em 2011 na Argélia, que foram libertados em julho do ano passado.

O relatório destaca a detenção, em cooperação com as autoridades de outros países europeus, de dois dos terroristas mais procurados do ETA, Antonio Troitiño e Ignacio Lerín.

Por outro lado, menciona as investigações que ainda estão em curso sobre possíveis vínculos entre o ETA e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

EFE   
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