EUA condenam violação de cessar-fogo na Ucrânia e bloqueio a observadores
O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, condenou as violações do cessar-fogo na Ucrânia e o bloqueio aos observadores internacionais em uma conversa telefônica com o presidente ucraniano, Petro Poroshenko.
"O vice-presidente também condenou categoricamente que a Rússia e os separatistas estejam bloqueando o acesso a Debaltsevo e aos observadores da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa), o que está permitindo que os separatistas continuem com seus ataques, sem inibição", informou a Casa Branca em comunicado divulgado nas últimas horas.
"O vice-presidente e Poroshenko concordaram que se a Rússia continuar violando os acordos de Minsk, incluído o mais recente assinado em 12 de fevereiro, os custos para a Rússia crescerão", diz a nota.
Horas antes dessa conversa, o governo americano defendeu a solução diplomática para o conflito na Ucrânia, mas não descartou outras opções, como o fornecimento de armamento para o governo ucraniano.
"Acreditamos que um enfoque diplomático, um enfoque político, é o correto, mas as mesmas opções que estavam sobre a mesa há duas semanas continuam sobre a mesa", disse a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki, em entrevista coletiva.
A missão de vigilância da OSCE confirmou na segunda-feira que os ataques continuam nos arredores de Debaltsevo e em outras áreas, entre elas Sievierodonetsk, Lugansk e Donetsk.
Segundo a ONU, quase 5 mil pessoas morreram no leste da Ucrânia desde o mês de abril do ano passado, quando o governo central lançou uma operação militar contra o levante separatista que explodiu após a saída do presidente Viktor Yanukovich, em fevereiro de 2014.
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