Esquerda nunca esteve tão forte na França desde a Revolução
6 mai2012 - 16h12
(atualizado às 18h41)
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Lúcia Müzell
Direto de Paris
A vitória do socialista François Hollande nas eleições presidenciais francesas marca um momento histórico: desde a Revolução Francesa, a esquerda nunca esteve tão forte no país. O Partido Socialista já liderava as presidências de regiões equivalentes aos governos dos Estados brasileiros e caminha para recuperar a maioria parlamentar na Assembleia Nacional, nas eleições legislativas de junho.
O resultado de hoje, entretanto, será apenas a primeira etapa de um governo difícil, iniciado em plena crise econômica e com as urnas tendo exprimido um desejo de mais rigor em áreas como a segurança e a imigração. Desafio nada fácil, portanto, para a esquerda, que volta à presidência depois de 17 anos ausente do Palácio do Eliseu.
O cientista político Eddy Fougier, especialista na esquerda e em política europeia, considera que para encarar o novo posto, Hollande será obrigado a adotar uma política de "sarkozysmo humano" - terá ter pulso forte na economia e alguns temas importantes para a direita, ao mesmo tempo em que terá uma preocupação social superior a do atual presidente, Nicolas Sarkozy. Confira na entrevista abaixo quais devem ser os primeiros passos do governo socialista.
O que se pode esperar de um governo socialista neste momento de crise na França e na Europa? Não há muita coisa de diferente a esperar. Houve muitas promessas, mas imediatamente após a eleição, Hollande terá uma série de problemas econômicos a serem resolvidos. A partir já da segunda-feira feira, haverá uma grande expectativa sobre a reação dos mercados a essa eleição. A política do governo nomeado por François Hollande terá uma margem de manobra muito mais reduzida do que os socialistas imaginam.
O senhor acha que não está claro para a equipe socialista que o momento econômico não vai permitir levar um governo tipicamente de esquerda, pelo menos neste primeiro momento? Sim, eles sabem disso. Mas há sempre uma tentação pelo voluntarismo, uma ideia segundo a qual a vontade política consegue reverter a situação, convencer os mercados e incitar os outros países europeus a nos acompanhar no projeto de favorecer o crescimento. Eu acho que eles vão ter que considerar profundamente as demonstrações dos mercados, da Alemanha e dos outros países antes de começar a colocar em prática uma política verdadeiramente socialista. Isso não vai nada fácil.
Você acha que François Hollande prometeu demais durante a campanha? Ele vai ter que considerar a realidade. É verdade que durante uma campanha eleitoral, os políticos têm tendência a se afastar da realidade e sonhar, mas a realidade vai aparecer imediatamente na segunda-feira, depois na cúpula europeia, nas reuniões do G8 e da Otan. Isso sem excluir a possibilidade de conflitos internacionais, como é o caso da ameaça no Irã. Ou seja, a situação internacional e econômica vão rapidamente trazer os socialistas à realidade. Não é por isso que ele não vai aplicar a sua política, mas sabemos que as barreiras de orçamento e pressão internacional serão muito fortes.
Promessas como o aumento da alíquota de imposto dos milionários para 75% e a contratação de 60 mil novos funcionários públicos lhe parecem demagógicas? Não acho que ele tenha sido cínico. Acho que ele não anunciou nada que não pretende cumprir. Ele vai tentar fazê-lo, mas vai ser preciso um certo jogo de cintura caso não seja possível cumprir. Se sabe que uma parte dos milionários planeja deixar a França para não ter de pagar tanto imposto, o que pode levar o governo socialista a estabelecer regras bem específicas para que essa promessa seja aplicada. Ou seja, não vai significar que ele não fez, mas sim que não será exatamente o que os militantes imaginavam. Ele não pode não cumprir uma promessa tão simbólica quanto foi essa, mas vai ter de adaptá-la de forma a não prejudicar a economia. O mesmo vale para a contratação de mais funcionários públicos, afinal é só olhar ao redor e ver que os outros países da zona do euro não estão conseguindo fazer milagres.
O senhor acha que a Frente de Esquerda, do candidato da extrema esquerda Jean-Luc Mélenchon, terá algum peso em um governo Hollande? O que me parece é que o governo que será nomeado por François Hollande terá de enfrentar uma quádrupla oposição potencial. Isso vai ser muito complicado. Haverá a oposição clássica da direita, a da extrema direita, mas também uma oposição de esquerda, de Jean-Luc Mélenchon, que anunciou que se Hollande não cumprir suas promessas, haverá um "terceiro turno" nas ruas. Eu acho que, neste caso, poderemos ter na França movimentos semelhantes aos que aconteceram na Espanha, de indignados. Também o centro vai estar desconfiado, porque apesar de o líder François Bayrou anunciar que escolheu Hollande, ele se manteve muito cauteloso, sobretudo sobre as questões de orçamento Ele foi bem claro: se Hollande for pouco rígido nas questões de orçamento, o centro vai se colocar como oposição. Não vai ser nada fácil convencer Jean-Luc Mélenchon e François Bayrou ao mesmo tempo.
Mas com que força a esquerda vai enfrentar essa pressão toda? Depois da alegria da vitória, haverá uma pressão política nacional extremamente forte, mesmo se a esquerda passar a ser maioria no Parlamento nas eleições legislativas de junho e se a esquerda já ocupa a maioria das presidências de regiões semelhante ao posto de governador de Estado, no Brasil. Jamais na história francesa pós-Revolução a esquerda esteve com tanto poder no país. Mas ao mesmo tempo, jamais a oposição foi tão forte. Outro desafio importante é que se a esquerda decepcionar, poderá favorecer a candidatura de Marine Le Pen, da extrema direita, nas próximas eleições presidenciais, em 2017.
Faz 17 anos que a esquerda está de fora da presidência na França. Que evoluções o Partido Socialista apresenta desde que François Mitterrand deixou o poder, em 1995? É paradoxal, mas eu diria que a esquerda francesa não evoluiu muito. É espantoso, porque a esquerda socialista francesa continua com uma relação dúbia com a economia de mercado. A esquerda da época de François Mitterrand queria romper com o capitalismo, quando ele foi eleito, mas depois ela se adaptou à economia de mercado e adotou uma linha bem mais social-democrata. Entretanto, ela não dizia isso de uma forma explícita, como fizeram o Partido Trabalhista, no Reino Unido, ou o Partido Social-Democrata alemão, por exemplo. Desde então, a esquerda francesa se manteve nessa ambiguidade, como mostra a promessa de Hollande de taxar em 75% da renda dos ricos. Na França, existe uma desconfiança sobre o capitalismo - Hollande disse com todas as letras que não gosta dos ricos. E isso não se deve unicamente ao fato de que esquerda francesa foi muito influenciada pelo marxismo, mas há também uma influência cristã segundo a qual não se deve gostar nem de dinheiro, nem dos ricos - como aconteceu no Brasil, aliás. Nesta questão, a esquerda não evoluiu muito.
Mas existe um forte polo ao centro no partido, que tinha na figura de Dominique Strauss-Kahn o seu nome mais forte - e era justamente ele quem deveria ter sido o candidato socialista nestas eleições. Sim, certamente. Eles têm um polo mais liberal, pessoas que hoje têm um papel importante na campanha de Hollande, como Manuel Valls, que é o responsável pela comunicação do candidato, e também Pierre Moscovici, o coordenador da campanha. Mas o verdadeiro sinal que vai indicar que tipo de governo ele vai querer será a nomeação do governo e, principalmente, do primeiro-ministro. Se for Manuel Valls, ele terá optado pela esquerda que eu chamaria de "realista". Mas se for Martine Aubry secretária-geral do Partido Socialista, será um outro tipo de esquerda, mais tipicamente francesa. É preciso lembrar, contudo, que Manuel Valls não teve bons resultados nas prévias socialistas que definiram quem seria o candidato, no ano passado. Por outro lado, Arnaud Montebourg, um dos nomes mais à esquerda no PS, bastante crítico à globalização e ao capitalismo, alcançou uma boa votação. Na França, um candidato socialista sempre deve reafirmar os valores da esquerda clássica, de independência em relação aos mercados financeiros, para conseguir um resultado importante.
Não houve uma mobilização forte dos militantes em torno da candidatura de François Hollande ao longo de toda a campanha - muitos afirmam que o fator mais forte da sua vitória terá sido a grande rejeição a Sarkozy. Como essa pouca mobilização poderá influenciar um governo que retorna ao poder depois de tanto tempo? A rejeição é muito forte, certamente. Mas diante de uma vitória confortável, temos que nos perguntar sobre se não há, de fato, uma vontade de rever a esquerda no poder. Terá sido mais uma vontade de mudança ou a vontade de votar neste candidato específico? A avaliar. E a resposta terá de ser considerada na hora da escolha do primeiro-ministro. As eleições legislativas de junho também serão determinantes para essa resposta. A possibilidade é alta de que, com a vitória de Hollande, o Partido Socialista consiga a maioria absoluta na Assembleia Nacional. A força , ou não, dessa segunda vitória vai acabar com as últimas dúvidas sobre o apoio, ou não, da população à esquerda neste momento. Ou seja, nas eleições legislativas, não haverá mais esta dúvida sobre se o eleitorado está votando contra Sarkozy - mas sim se quer, de fato, o Partido Socialista.
O senhor vê esta eleição presidencial como uma etapa de um governo que vai se desenhar ao longo de algumas semanas, então? Sim, ele vai ser obrigado a orientar a política dele de acordo com estes próximos acontecimentos. François Hollande poderá - ou será obrigado, talvez - a fazer uma política de "sarkozismo humano", ou seja, ser obrigado a promover uma política rigorosa sob o ponto de vista econômico, firme nas questões de segurança, mas com mais justiça social e menos divisão da população. Ou seja, algo semelhante a Tony Blair, no Reino Unido, que teve de fazer um "tatcherismo humano". No entanto, repito, para François Hollande vai ser ainda mais difícil porque a sua margem de manobra é realmente muito fraca.
O senhor acha que o retorno da esquerda ao poder na França, a segunda maior economia da zona do euro, poderá desencadear uma onda de governos de esquerda nos próximos anos nos outros países europeus, em oposição à onda de direita que dominou o continente nos últimos anos? A possibilidade de uma onda sempre precisa ser considerada com muita prudência. Na eleição francesa, constato que estamos na tendência europeia que é a de punir os governos que chegam ao fim de mandatos: eles estão todos perdendo. Foi o que aconteceu na Grã-Bretanha, com Gordon Brown, depois na Espanha, com José Luis Rodrigues Zapatero, com a Grécia, com Portugal, e tantos outros - seja lá qual for o partido. Na Espanha isso foi interessante, porque havia um sentimento de "qualquer um, menos Zapatero", e Mariano Rajoy conseguiu se eleger sem qualquer esforço ou promessa, mais ou menos como Hollande. Os atuais governantes são acusados de estarem na origem ou de terem agravado a crise. Outra tendência europeia neste momento é a subida do populismo, tanto de direita quanto de esquerda. Talvez a esquerda seja uma nova esperança neste momento, mas ainda não dá para dizer isso. A tendência maior ainda é por governos de direita, pelo menos por enquanto. Lembro que ainda não houve qualquer consequência política do movimento dos indignados, que foi, entretanto, muito forte em alguns países da Europa. É claro que as forças de esquerda europeias estarão acompanhando de perto o que acontece na França, mas para que uma onda vá adiante, vai ser necessário ver o que vai acontecer nas eleições alemãs. Se Angela Merkel perder o poder para o Partido Social Democrata, poderemos dizer que começa a acontecer uma onda.
Nicolas Sarkozy participa de comício na praça da Concórdia - local simbólico, já que foi ali que comemorou sua vitória em 2007
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Ajudem-me, ajudem a França!", disse Sarkozy para milhares durante comício neste domingo
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Comício perto do Château de Vincennes, em Paris, leva multidão às ruas em apoio ao candidato François Hollande
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Bandeira é segurada por eleitores que apoiam François Hollande, candidato do Partido Socialista
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O candidato socialista François Hollande discursa durante comício realizado neste domingo nos arredores de Paris
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A ex-candidata do Partido Socialista francês, Ségolène Royal (centro), participou do comício do atual candidato, François Hollande
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Comício de apoio ao candidato da esquerda radical Jean-Luc Mélenchon ocorreu em Pau
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A primeira-dama da França, Carla Bruni, mostra um adesivo que diz "Os estudantes com Sarkozy", durante o ato de campanha na praça da Concórdia, em Paris
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Bruni acompanhou o marido, o presidente francês Nicolas Sarkozy, em um comício
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O presidente francês conversa com a mulher durante o comício de campanha
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Bruni aplaude Sarkozy no ato de campanha em Paris
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A primeira-dama da França, Carla Bruni, aplaude o marido, o presidente Nicolas Sarkozy, durante um comício na praça da Concórdia, em Paris. A cantora italiana acompanhou Sarkozy em um grande comício realizado a uma semana das eleições presidenciais do país
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O presidente e candidato à reeleição, Nicolas Sarkozy, conversa com operários em fábrica na localidade de Poitiers
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Funcionário público prepara documentos eleitorais sobre os dez candidatos presidenciais franceses, em Marseille
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O candidato do Partido Socialista, François Hollande, acena para eleitores durante parada de campanha em Carmaux
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O candidato do Partido Socialista François Hollande acena para seus eleitores em evento de campanha em Lille
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Hollande se apresenta em comício ao lado da socialista Martine Aubry
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Mais cedo, Sarkozy também visitou a localidade de Carantec para mobilizar os eleitores da UMP (União por um Movimento Popular)
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O atual presidente e candidato Nicolas Sarkozy cumprimenta eleitores na chegada para um comício em Morlaix
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A candidata de extrema-esquerda do Partido da Luta Trabalhadora, Nathalie Arthaud (centro), chega para comício em Venissieux
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O centrista François Bayrou, presidente do MoDem, celebra junto a eleitores durante campanha em Lille
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O atual presidente e candidato à reeleição pelo UMP, Nicolas Sarkozy (centro), cumprimenta eleitores ao chegar para encontro de campanha em Arras
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O candidato socialista François Hollande, que é o favorito para vencer as eleições, cumprimenta funcionários de bar em Amiens
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A candidata verde Eva Joly faz comício de campanha em Paris
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Mais cedo, Le Pen participou de um programa de rádio da estação France Intern, em Paris
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O presidente e candidato à reeleição pelo partido UMP, Nicolas Sarkozy, gesticula durante encontro de campanha em Saint-Maurice
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A candidata da Frente Nacional, de extrema-direita, Marine Le Pen, acena para eleitores durante visita à localidade de Sens, no sul de Paris
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Jean Luc Melenchon, candidato à presidência da França pela Frente de Esquerda, discursa com veemência durante comício em Paris
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Eleitores da Frente de Esquerda correm para chegar ao comício do partido em Paris
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Eleitores de Hollande acompanham, na chuva, o comício do candidato do Partido Socialista em Cenon
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Eleitores da Frente de Esquerda, do candidato Jean Luc Melenchon, dançam em Lyon antes de assistirem comício do partido em um telão montado no centro da cidade
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O candidato socialista François Hollande, favorito para se tornar o novo presidente francês, entra no palco para participar de comício em Bordeaux
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Funcionários da prefeitura de Godewaersvelde trabalham na instalação de cabines eleitorais. A França vai às urnas para o primeiro turno das eleições presidenciais no próximo domingo. Cerca de 45 milhões de pessoas estão registradas para votar
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A candidata do Partido Verde, Eva Joly, conversa por telefone com eleitores na sede de sua campanha, em Paris
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O candidato da Frente de Esquerda, Jean Luc Melenchon, acena para simpatizantes durante visita a fábrica de subsidiária da Volkswagen, em Bagneaux Sur Loing, nos arredores de Paris
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A candidata de extrema-direita pela Frente Nacional, Marine Le Pen, observa uma vaca durante visita a fazenda, em Merdrignac
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O candidato do Partido Socialista, François Hollande (centro), cumprimenta eleitor durante visita a estabelecimento em Saint Dizier
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O presidente e candidato à reeleição pelo partido UMP, Nicolas Sarkozy, visita hospital em construção para vítimas de Alzheimer ao lado de sua mulher, Carla Bruni, em Nice. Há dois dias do primeiro turno das eleições presidenciais francesas, os candidatos mantêm uma ativa agenda de campanha na tentativa de mobilizar os eleitores e conquistar os últimos indecisos
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No Rio de Janeiro, a central de votação instalada no Consulado da França abriu suas portas poucos minutos depois das 08h, e fechará às 18h
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Cerca de 15 mil eleitores estão inscritos no Brasil - 38% a mais que em 2007 - em diversos consulados espalhados pelo País, embora a maior quantidade se concentre em São Paulo e Rio de Janeiro, com 5.459 e 5.174 eleitores, respectivamente
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Cerca de 2,2 milhões de franceses vivem fora do país, e pouco mais da metade - 1,15 mi - estão inscritos nos consulados. Cerca de 45 milhões de franceses estão convocados às urnas no domingo no primeiro turno das eleições presidenciais
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Franceses votam na Argentina; os franceses que vivem no Brasil, Uruguai e Argentina começaram a votar às 08h locais no primeiro turno das eleições presidenciais da França, 19 horas antes da abertura das urnas em seu país
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A líder do Partido Socialista, Martine Aubry, vota no primeiro turno das eleições francesas
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Eleitor vota na cidade de Henin-Beaumont; os colégios eleitorais abriram suas portas na França às 8h locais (3h de Brasília) deste domingo para o primeiro turno do pleito presidencial
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O candidato do Partido Socialista, François Hollande, vota na cidade de Tulle, no centro da França
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François Hollande, do Partido Socialista, tem vantagem nas pesquisas, seguido do atual presidente, Nicolas Sarkozy
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A ultradireitista Marine Le Pen, da Frente Nacional, vota na cidade de Henin-Beaumont; ela disputa a terceira posição nas pesquisas
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Jean-Luc Mélenchon, da Frente de Esquerda, vota em Paris; ele disputa a terceira posição nas pesquisas de intenção de voto
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Homem vota no consulado francês em Israel, na cidade de Tel Aviv
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O atual presidente, Nicolas Sarkozy, deixa seu local de votação em Paris acompanhado de sua esposa, Carla Bruni
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O presidente Nicolas Sarkozy cumprimenta eleitora em Paris; ele aparece em segundo nas pesquisas de intenção de voto, atrás de François Hollande, do Partido Socialista
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Display mostra o resultado preliminar do primeiro turno das eleições francesas
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O embate no primeiro turno aconteceu mais fortemente entre François Hollande e Nicolas Sarkozy
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Apoiadores comemoram a liderança do socialista Hollande
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Bandeiras e cartazes de apoio à liderança de Hollande são levados para as ruas na França
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Mulher segura cartaz com o site "Com Hollande", de apoio ao candidato socialista
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Uma eleitora de Hollande comemora resultado que dá a liderança ao candidato socialista
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Com bandeiras e aos gritos, eleitores de François Hollande comemora liderança no 1º turno das eleições do candidato socialista
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O presidente e candidato à reeleição, Nicolas Sarkozy, discursa em Paris durante a apuração do primeiro turno
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O candidato socialista à presidência da França, François Hollande, discursa enquanto os votos são apurados
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O jornal Nice Matin desta segunda-feira destaca o resultado do 1º turno e o bom desempenho da extrema-direita
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Nicolas Sarkozy conversa com jornalistas ao deixar ser comitê de campanha, em Paris, na manhã desta segunda-feira
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Nicolas Sarkozy é cercado por jornalistas ao deixar o comitê, onde falou sobre imigração e segurança, em Paris
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O candidato de extrema-esquerda Jean-Luc Mélenchon, derrotado no primeiro turno, levanta o punho ao passar por uma tela em seu comitê de campanha, em Les Lilas. Mélenchon anunciou seu apoio ao socialista François Hollande no segundo turno
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O socialista François Hollande cumprimenta eleitores eem visita à cidade de Quimper
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Hollande discursa para eleitores de Quimper, a 560 km de Paris
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O candidato socialista François Hollande discursa em ato de campanha na cidade de Quimper, no oeste da França
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O candidato do Partido Socialista François Hollande discursa para centenas de eleitores em LOrient
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Durante visita a uma vinícola, o atual presidente e candidato à reeleição Nicolas Sarkozy sente o aroma de vinho antes de degustá-lo em Vouvray
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O candidato à reeleição Nicolas Sarkozy concede entrevista sobre sua campanha em emissora de televisão em Boulogne-Billancourt
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O socialista François Hollande concede entrevista coletiva em Paris na campanha para o segundo turno das eleições francesas
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Ao lado do ministro Francois Fillon (dir.), Sarkozy cumprimenta eleitores em evento de campanha em Cernay
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O presidente francês e candidato à reeleição, Nicolas Sarkozy, discursa em campanha em Le Raincy
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O socialista François Hollande participa do programa de TV Des paroles et des actes ("Palavras e ações") na emissora Franced 2
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François Hollande fala com assessores antes de um show da banda Zebda durante o festival Printemps de Bourges, na cidade de Bourges, no centro da França
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Nicolas Sarkozy prepara massa para receita em visita a um centro de treinamento em Longvic
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Sarkozy, que concorre à reeleição, gesticula em discurso na cidade de Cournon-d'Auvergne
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François Hollande assiste à final da Copa da França, disputada entre Lyon e Quevilly, no Stade de France, em Saint Denis
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O socialista François Hollande é aplaudido em ato de campanha no estádio de Bercy, em Paris
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Eleitora de Hollande segura cartaz em apoio ao socialista
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Nicolas Sarkozy discursa em Toulouse em ato de campanha
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O conservador Nicolas Sarkozy, candidato à reeleição, discursa em Avignon
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O socialista François Hollande deixa a sede da emissora de rádio Europe 1 após uma entrevista, em Paris
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Nocilas Sarkozy discursa diante da torre Eiffel, em Paris, em um dia marcado por comícios voltados ao Dia do Trabalhador
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François Hollande faz discurso de campanha em viagem à cidade de Nevers
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Marine Le Pen, que ficou em terceiro lugar no primeiro turno, discursa em Paris e anuncia que votará em branco
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François Hollande e Nicolas Sarkozy se enfrentam em um debate transmitido pela TV, o último antes da votação
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O presidente francês e candidato à reeleição, Nicolas Sarkozy, discursa em um ato de campanha em Toulon
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François Hollande faz campanha com o ex-primeiro-ministro socialista Lionel Jospin, em Toulouse
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O socialista François Hollande é cercado por apoiadores ao chegar à cidade de Hombourg-Haut, no leste da França
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Nicolas Sarkozy gesticula enquanto discursa em campanha em Les Sables-d'Olonne, no oeste do país
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O presidente Nicolas Sarkozy, candidato à reeleição, acena para apoiadores em uma praia de Sables d'Olonne, oeste da França
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Depois de discursar em Forbach, no leste da França, Francois Hollande cumprimenta alguns de seus eleitores
Foto: Vincent Kessler / Reuters
Nicolas Sarkozy aperta as mãos de populares depois de fazer campanha em Sables d'Ollonne
Foto: Eric Feferberg, Pool / AP
O candidato socialista, François Hollande, cumprimenta apoiadores nas ruas de Hombourg Haut, no leste da França
Foto: Francois Mori / AP
Cartazes de campanha do candidato François Hollande foram rasgados na França. Por trás de um deles aparece um pôster de Nicolas Sarkozy (D)
Foto: Stephane Mahe / Reuters
Sarkozy discursou nesta sexta-feira em Les Sables d'Olonne, antes da votação que ocorre neste domingo
Foto: Christophe Karaba / EFE
Cartazes de campanha de François Hollande (esquerda) e Nicolas Sarkozy, candidatos socialista e conservador à presidência no segundo turno, foram grafitados com tinta colorida, em Saint-Denis de la Reunion, na ilha de La Reunion
Foto: AFP
Candidato à presidência francesa pelo Partido Socialista, Francois Hollande passeia em feira em Tulle, no sudoeste do país, na véspera do segundo turno das eleições
Foto: AP
Líder nas pesquisas prévias ao segundo turno da eleição francesa cumprimenta homem durante passeio em Tulle
Foto: AP
Candidato socialista, cercado por curiosos e apoiadores durante seu passeio na feira de rua, acena para a imprensa
Foto: AFP
Hollande foi acompanhado pela namorada, a jornalista Valerie Trierweiler
Foto: AP
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O candidato do Partido Socialista à presidência da França, acompanhado de sua mulher, Valerie Trierweiler, responde a perguntas de jornalistas durante visita a Tulle
Foto: Lionel Cironneau / AP
François Hollande posa para foto de eleitora durante campanha em um mercado em Tulle, no sudoeste da França
Foto: Bob Edme / AP
Cidadãos franceses morando nos Estados Unidos votam para o segundo turno das eleições. Eleitores como os residentes em Atlanta votam antes da abertura das urnas na Europa
Foto: Erik S. Lesser / EFE
No Consulado da França em Nova York, nos Estados Unidos, eleitores decidem entre os candidatos François Hollande e Nicolas Sarkozy
Foto: Andrew Gombert / EFE
Nicolas Sarkozy, candidato à reeleição, cumprimenta apoiadores ao chegar na sede de sua campanha em Paris
Foto: Philippe Wojazer / Reuters
Franceses que vivem nos Estados Unidos foram à embaixada do país em Washington para escolher o novo presidente do país no segundo turno da votação
Foto: Nicholas Kamm / AFP
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Mulher deixa local de votação em Paris; a participação dos eleitores no segundo turno atingiu 30,66% às 12h locais
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O atual presidente da França, Nicolas Sarkozy, foi votar em Paris acompanhado da mulher, Carla Bruni
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Candidato à presidência da França pelo partido socialista, Francois Hollande, chega ao seu colégio eleitoral em Tulle para votar no segundo turno
Foto: AFP
Atual primeira-dama francesa, Carla Bruni-Sarkozy, aguarda o marido, candidato à reeleição, para depositar o envelope com a cédula do segundo turno francês
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Candidato conservador à reeleição deposita sua cédula no segundo turno das eleições presidenciais francesas
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Candidato rival do atual presidente sai da cabine de votação em uma zona eleitoral em Tulle, cidade que é sua base política
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Hollande mostra o envelope contendo sua cédula com o voto antes de depositá-lo na urna, em zona eleitoral de Tulle
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Candidato do Partido Socialista posa com a namorada Valerie Trierweiler na saída da zona eleitoral de Tulle, onde depositou seu voto
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Ex-diretor do FMI Dominique Strauss-Kahn observa cédula contendo seu voto no segundo turno das eleições presidenciais francesas antes de depositá-la na urna, em um ponto de votação de Sarcelles
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Judeu ultraortodoxo deposita cédula em uma estação de votação no consulado francês em Tel Aviv, em Israel
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Em Remire-Montjoly, perto de Cayenne, oficiais começam contagem das urnas em que votaram os cidadãos franceses que residem em países do outro lado do oceano
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Cidadão francês espera para votar na seção eleitoral de Bruxelas, na Bélgica. Atrás, vê-se os dois candidatos do segundo turno, Nicolas Sarkozy e Fraçois Hollande
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Na embaixada francesa em Moscou, na Rússia, cidadãos fazem fila para participar do segundo turno das eleições de seu país de origem
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Crianças aguardam com os pais na fila da seção eleitoral em Hong Kong, na China
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Em Zagreb, na Croácia, casal de franceses retira cédulas para escolher candidato à presidência de sua terra nataç
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Cidadãos franceses fazem fila em local de votação em Beirute, no Líbano
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Em Rabat, no Marrocos, cidadã francesa deposita seu voto na urna
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Consulado da França na cidade do Cairo é o local de votação dos cidadão que estão no Egito
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Criança deposita o envelope com a escolha da cidadã francesa no segundo turno das eleições presidenciais de seu país
Foto: EFE
Cidadã francesa deposita seu voto no segundo turno em seção eleitoral de escola em Nairobi, no Quênia
Foto: EFE
Urna na seção eleitoral em Dubai, nos Emirados Árabes, tem bandeira francesa para receber cidadãos que não vivem no país
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Eleitora francesa participa do segundo turno depositando o voto na urna de Dubai, nos Emirados Árabes
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Menina de quatro anos observa urna no Liceu Francês, em Londres, na Inglaterra, enquanto seu pai deposita o voto
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Do lado de fora do Liceu Francês Charles de Gaulle, cidadãos franceses fazem fila para participar do segundo turno da eleição de seu país de origem
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Em Tel Aviv, Israel, cidadão francês sai de cabine de votação, onde escolheu seu candidato do segundo turno à presidência da França
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Na embaixada francesa em Makari, Manila, nas Filipinas, cidadãos franceses participam do pleito
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Eleitora francesa na Índia participa de eleições de seu país de origem em Nova Déli
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Francês que mora no Japão vota no segundo turno em colégio eleitoral de Nova Déli, na Índia
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Francês que mora na Itália vota na embaixada francesa em Roma
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Francês que mora na Itália vota na embaixada francesa em Roma neste domingo no segundo turno das eleições presidenciais francesas
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Cecile Dulot, líder do Partido Verde, vota no segundo turno presidencial em Paris, na França
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Cecile Dulot, líder do Partido Verde, deixa cabine de votação neste domingo em Paris
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O candidato do Partido Socialista, François Hollande, acena para o público após visita a um bairro de Tulle, no sudeste da França
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O candidato do Partido Socialista, François Hollande, e a esposa, Valerie Trierweiler, andam com guarda-chuva após visita a bairro de Tulle, na França
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O candidato do Partido Socialista, François Hollande, junto à esposa, Valerie Trierweiler, sorri para eleitores após visita a bairro de Tulle, na França
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Eleitores esperam para votar no segundo turno das eleições presidenciais francesas neste domingo em Estrasburgo, na França
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Eleitores que apoiam Nicolas Sarkozy, atual presidente que tentou reeleição mas perdeu para o oponente socialista François Hollande - segundo pesquisas de boca de urna - seguram cartaz em que se lê: "Não nos deixe"
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Eleitoras de Sarkozy, que aguardavam resultado da boca de urna no La Mutualite, demonstram desapontamento com resultado da boca de urna, que coloca o candidato conservador como derrotado do pleito
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Nicolas Sarkozy discursou a seus eleitores após o resultado da boca de urna do segundo turno da eleição francesa colocar o atual presidente como derrotado no pleito
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Eleitor que apoiava o atual presidente francês e derrotado na disputa pela reeleição, Nicolas Sarcozy, demonstra desânimo diante do resultado da boca de urna
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Eleitores do primeiro presidente socialista que a França terá em 20 anos comemoram resultado da boca de urna, que coloca Hollande como o novo presidente francês
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Colegas de François Hollande no Partido Socialista comemoram vitória apontada por boca de urna do candidato da legenda
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Apoiadores do presidente eleito, François Hollande, comemoram após a divulgação dos resultados do segundo turno das eleições presidenciais francesas, na na praça da Bastilha, em Paris
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Milhares de partidários do socialista acompanham o discurso do político no telão à direita, enquanto celebram os resultados das eleições
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Com sinalizadores, franceses comemoram a eleição do socialista François Hollande em uma praça de Lille
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Em Nice,no sudeste da França, apoiadores de Hollande também comemoram a sua vitória nas eleições, o primeiro presidente socialista do país em quase duas décadas
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Jovens apoiadores do presidente eleito celebram a vitória nas eleições dentro de carros, na cidade de Perpignan, ao sul da França
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Eleitora do Partido Socialista ergue uma rosa durante a comemoração pela vitória de Hollande na Bastilha
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Apoiadores de Hollande agitam bandeira francesa na Bastilha
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A multidão levou cartazes com o rosto do novo presidente francês à Bastilha
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Estudantes seguram rosas durante a comemoração
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Milhares de pessoas se reuniram em um dos principais pontos da capital francesa
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Casal se beija durante a comemoração da vitória de François Hollande na Praça da Bastilha, em Paris
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Banco exibe jornais que trazem na capa a vitória de Hollande, em Estrasburgo
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Sarkozy se despede do presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, após encontro nesta segunda-feira
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Com a cara fechada, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, se prepara para reunião diplomática no Palácio do Eliseu, em Paris, um dia após ser derrotado por Hollande nas urnas
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Flanqueado por dois guarda-costas, Hollande chega de carro à sede do Partido Socialista, em Paris
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O recém-eleito presidente da França, François Hollande, acena de sacada na sede de sua campanha, em Paris, nesta segunda-feira. Com 51,7% dos votos válidos, o socialista foi eleito no domingo para um mandato de cinco anos
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Homem observa publicidade da edição desta segunda-feira da revista L'Express com a vitória de Hollande em sua capa