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Europa

Espanhóis protestam contra ataque a acampamento no Saara

13 nov 2010 - 15h35
(atualizado às 16h26)
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Milhares de pessoas participaram neste sábado em Madri de uma manifestação na qual foram queimadas bandeiras do Marrocos e proferidos gritos de condenação ao país pelo ataque das forças de segurança ao acampamento saarauí de Gdaim Izik, em El Aaiun, na última segunda-feira.

Manifestantes, entre eles o ator Javier Bardem, seguram bandeiras durante manifestação contra ataque marroquino no Saara em Madri
Manifestantes, entre eles o ator Javier Bardem, seguram bandeiras durante manifestação contra ataque marroquino no Saara em Madri
Foto: AFP

Os manifestantes, convocados pela Coordenadoria Estadual de Associações Solidárias ao Saara, pediram ao governo da Espanha uma atitude "clara e firme" contra os "abusos" e a "ocupação ilegal" do Marrocos no Saara Ocidental e que exija que se "reconcilie" com o povo saarauí.

Após o ataque e os confrontos entre habitantes saarauís e tropas do Marrocos, as autoridades declararam a morte de 11 pessoas entre as forças de ordem e dois civis saarauís, enquanto o movimento independentista Frente Polisário afirma que são 19 saarauís mortos, 159 desaparecidos e centenas de feridos.

Na manifestação participaram membros de vários partidos e dos sindicatos majoritários, além de vários atores como Pilar e Javier Bardem, Rosa María Sardà e Eduardo Noriega.

No final da marcha, foi lido um manifesto que exige do governo espanhol uma atitude firme e clara e a "cessação imediata" da venda de material bélico ao Marrocos.

Os organizadores consideram que a Espanha, apesar de ter "abandonado unilateralmente suas responsabilidades", continua sendo a potência administradora do Saara Ocidental.

Os manifestantes também pediram à ONU e à União Europeia uma "intervenção urgente" para evitar o "massacre" do povo saarauí e que "seja cumprida a legalidade internacional e seja feito um plebiscito de autodeterminação" no Saara.

Ainda neste sábado, várias centenas de saarauís se concentraram na frente da sede do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) na cidade argelina de Tindouf para pedir aos dirigentes da Frente Polisário "uma posição mais firme" e a "volta das armas".

EFE   
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