Espanha tenta agilizar retorno do corpo de vítima de naufrágio
O Consulado Geral espanhol em Roma iniciou os trâmites para o transporte à Espanha o mais rápido possível do corpo de Guillermo Gual, morto no naufrágio do Costa Concordia, que está aguardando uma autópsia.
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Fontes diplomáticas espanholas disseram à agência EFE que "tudo depende das autoridades italianas" e esperam que a repatriação do corpo possa acontecer o mais rápido possível, embora não haja uma data fixada.
O corpo de Guillermo Gual, 68 anos, está no hospital de Grosseto, localidade toscana próxima à ilha de Giglio, onde na sexta-feira passada naufragou o Costa Concordia.
Os corpos estão passando por uma autópsia para verificar se morreram afogados ou por outras causas, disseram à EFE fontes hospitalares de Grosseto, para quem o exame no espanhol será praticado nesta quarta-feira.
Os familiares identificaram na segunda-feira o corpo de Guillermo Gual, natural de Palma de Mallorca, depois que foi achado no domingo em uma cabine do navio com o colete salva-vidas posto e junto com o corpo do italiano Giovanni Masia, 86 anos.
Gual viajava com um grupo de oito pessoas, entre familiares e amigos, do qual se separou no momento da tragédia.
Alguns conseguiram alcançar uma lancha salva-vidas e chegar à ilha de Giglio, outras três pessoas optaram por se atirar ao mar agarrados pelas mãos, mas Gual se soltou e ficou a bordo, segundo explicaram à EFE seus familiares.
Naufrágio do Costa Concordia
O cruzeiro Costa Concordia naufragou na última sexta-feira, dia 13 de janeiro, após colidir em uma rocha nas proximidades da ilha de Giglio, na costa italiana da Toscana. Mais de 4,2 mil pessoas estavam a bordo. Até a tarde de terça-feira, dia 17, 11 mortes haviam sido confirmadas. Ainda há desaparecidos, e prosseguem os trabalhos de busca. O Itamaraty informou que 57 brasileiros estavam a bordo do navio, mas nenhum deles está entre as pessoas não encontradas.
O navio, que tem 290 metros de comprimento e 114,5 mil toneladas, margeava a ilha de Giglio quando houve a colisão, imediatamente começando a adernar. Houve pânico e reclamações de despreparo da tripulação. O comandante do Costa Concordia, Francesco Schettino, foi acusado de ter abandonado o navio. Ele disse que estava no comando, mas um áudio divulgado para a imprensa, em que há uma discussão entre ele e a Guarda Costeira, indica que o capitão já estava na costa no momento do resgate.
Veja no mapa o local onde aconteceu o acidente: