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Europa

Erdogan assegura que não retrocede e que há terroristas entre manifestantes

6 jun 2013 - 11h25
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O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, deu a entender nesta quinta-feira que não retrocede em seus planos urbanísticos sobre Istambul, que originaram os protestos maciços na Turquia e entre cujos participantes assegurou que há "condenados por atos de terrorismo".

"Os cidadãos que têm uma responsabilidade na proteção do meio ambiente têm que saber que algumas (pessoas que participam dos protestos) estão condenadas por atos de terrorismo", disse Erdogan em entrevista coletiva em Túnis, onde conclui hoje uma viagem regional.

Na madrugada da sexta-feira passada a Polícia retirou quem protestava contra uma remodelação urbanística que prevê a construção de um centro comercial em um dos parques de Istambul, o que desencadeou protestos que se estenderam por todo o país e que causaram três mortos e 4.000 feridos.

Em um pronunciamento à imprensa, Erdogan se referiu a que tais pessoas são fichadas por ataques à embaixada americana, em relação ao atentado no dia 1º de fevereiro em Ancara por um grupo de extrema esquerda.

"Nosso serviço secreto os conhece", concluiu Erdogan.

O primeiro-ministro turco insistiu na defesa do projeto e sugeriu que não voltará atrás da decisão tomada para a intervenção urbanística no parque.

"Estamos tentando mudar o país, que progrida, mas não falei de organizar um referendo para aprovar as mudanças no parque", disse o chefe do Governo turco, que enfrenta os maiores protestos da última década no país.

Além disso, Erdogan declarou que o objetivo dessas reformas é "melhorar o lugar e conservar e proteger as ruínas históricas e o patrimônio".

Erdogan também negou a possibilidade de abrir um diálogo com os manifestantes e ressaltou: "Não podemos concretizar nada com as pessoas que provocam incêndios".

"Já declarei que peço perdão pelo uso excessivo de gás lacrimogêneo, mas não existe nenhum país que não os utilize", disse o primeiro-ministro turco, que participou na Tunísia na abertura de um fórum empresarial turco-tunisiano.

Para Erdogan, "as pessoas que queiram se manifestar tem que se adaptar aos locais para isso e às necessidades desses lugares".

Além disso, Erdogan quis defender a política ecológica de seu Governo ao indicar que foi promovida a semeadura de milhares de árvores.

"Há três anos (o Governo) está aplicando uma política meio ambiental que também está ajudando no desenvolvimento da economia", concluiu.

EFE   
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