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Europa

Equador avalia pedido sueco para interrogar Assange

Criador do WikiLeaks está refugiado na embaixada do país sul-americano em Londres há três anos

17 jun 2015 - 20h33
(atualizado às 22h46)
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O Equador avalia um pedido de ajuda da Suécia para interrogar Julian Assange em sua embaixada, em Londres, onde el fundador do WikiLeaks está refugiado há três anos, informou nesta quarta-feira a chancelaria equatoriana. "Neste momento, as autoridades equatorianas estão avaliando este pedido, à luz do espírito de cooperação judicial que caracteriza o governo nacional e no âmbito das obrigações e potestades que lhe confere o direito internacional e a jurisdição equatoriana sobre o asilado", expressou a pasta em um comunicado.

Julian Assange é acusado de estupro na Suécia
Julian Assange é acusado de estupro na Suécia
Foto: Anthony Devlin / Reuters

O ministério informou, ainda, que na sexta-feira passada, a embaixada equatoriana em Estocolmo recebeu uma comunicação, na qual a Suécia pediu a Quito assistência internacional em matéria penal como "um passo prévio para levar adiante diligências de ordem judicial" em sua representação sede diplomática, em Londres. "Estas diligências estão relacionadas com o cidadão Julian Assange, que está atualmente sob a figura do asilo político, concedido pelo governo do Equador", destacou a chancelaria.

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Em março, a procuradoria sueca aceitou interrogar e coletar amostras de DNA de Assange na embaixada equatoriana em Londres, no âmbito de uma investigação à qual é submetido por supostos crimes sexuais, que ele nega. Na ocasião, o presidente Rafael Correa disse que seu governo dará "todas as facilidades" à justiça sueca para que ouça a versão de Assange.

O australiano, sobre quem pesa uma ordem de prisão desde 2010, depois que duas mulheres suecas o denunciaram, uma por estupro e outra por agressão sexual, está refugiado na embaixada desde 2010 para evitar sua extradição ao país nórdico. Assange nega as acusações e assegura que as relações sexuais que manteve com as duas mulheres foram consentidas.

O criador do WikiLeaks recusa-se a ir para a Suécia por medo de ser extraditado para os Estados Unidos, onde está em curso uma investigação sobre a publicação, em 2010, de parte do Wikileaks, de milhares de documentos militares e diplomáticos secretos.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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