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Europa

Em seu último discurso como rei, Albert II pede união aos belgas

20 jul 2013 - 09h37
(atualizado às 10h24)
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O rei Albert II, na véspera de sua abdicação, pediu neste sábado aos belgas que permaneçam unidos e mantenham a vocação europeísta e o apoio ao seu primogênito, Philippe, que amanhã assumirá a coroa e a chefia do Estado.

Após fazer um balanço político de seus vinte anos de reinado, em discurso transmitido por televisão, Albert disse que nos próximos anos deseja que a "Bélgica guarde sua coesão".

"O país se transformou há mais de 40 anos de forma pacífica e democrática de um estado unitário a um estado federal, com instituições com muita autonomia", disse o monarca, de 79 anos, em discurso que foi gravado há poucos dias no gabinete de sua residência oficial do palácio de Laeken.

"Tenho também um desejo que me é muito querido, como rei e como pai: cerquem o futuro rei Philippe e a rainha Matilde com sua colaboração ativa e apoio. São um casal excelente ao serviço da Bélgica e têm toda minha confiança", afirmou.

O último discurso de Albert II como rei dos belgas foi cheio de agradecimentos e homenagens.

Em primeiro lugar, o monarca disse que gostaria de "honrar a memória" de seu irmão mais velho, o rei Balduino, a quem sucedeu após sua morte, em 1993.

Albert II afirmou ainda que estava emocionado e agradeceu as demonstrações de afeto e apoio ao longo de seu reinado.

O monarca também elogiou a classe política e a sociedade e elogiou os acordos alcançado no setor orçamentária e de reforma do Estado.

"Se nosso país não foi sempre fácil de governar, seu pluralismo constitui uma riqueza democrática preciosa", ponderou.

Sobre o futuro, que o monarca disse vislumbrar "com confiança", pediu que a Bélgica conserve seu coesão e se mostrou seguro de que a sexta reforma do Estado reforçará a autonomia de suas instituições.

"Estou convencido de que a manutenção da coesão de nosso Estado federal é vital, não só pela qualidade de nossa vida juntos, que necessita do diálogo, mas também pela preservação do bem-estar de todos", enfatizou.

Além disso, pediu que os belgas sigam acreditando na Europa, o que seria mais necessário do que "nunca".

"Em muitos âmbitos os desafios não se podem ser enfrentados fora de um nível europeu', argumentou.

Albert II solicitou também que os países em desenvolvimento, em particular da África, recebam ajuda.

Por último, pediu "como rei e como pai", que os belgas apoiem o futuro rei e a futura rainha da Bélgica.

EFE   
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