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Europa

Em meio a protestos, retorno de premiê preocupa partido do governo turco

6 jun 2013 - 05h58
(atualizado às 06h04)
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As autoridades do partido governante da Turquia, o islâmico moderado Justiça e Desenvolvimento (AKP), pediram para seus seguidores não recepcionarem o primeiro-ministro, Recep Tayyip Erdogan, na noite desta quinta-feira no Aeroporto de Istambul, uma medida que, além de evidenciar sua preocupação com o retorno do governante, também foi adotada para evitar possíveis confrontos.

O primeiro-ministro turco, que se encontra em viagem pelo Magrebe desde a última segunda-feira, retorna hoje às 15h (de Brasília) à Turquia, onde os confrontos entre manifestantes e policiais voltaram a ser registrados nesta madrugada em Ancara e em Tunceli, no leste da Anatólia, enquanto no restante do país houve certa calmaria.

Pela primeira vez desde a última sexta-feira, a polícia não entrou em confronto contra os manifestantes em Istambul e no parque Gezi, onde os primeiros protestos cidadãos foram iniciados para evitar sua remodelação em um centro comercial. Na última noite, o clima era festivo no local, com centenas de cidadãos repartindo comida e doces em ocasião da festa muçulmana do Miraç.

Os jovens tinham dado ordem de não consumir álcool nesta noite, em sinal de respeito à festa, embora não tenha sido uma grande presença de muçulmanos praticantes.

Em rejeição às manifestações antigovernamentais que centenas de milhares de pessoas realizam há dias em toda Turquia, alguns simpatizantes do AKP chegaram a cogitar uma recepção em massa a Erdogan.

Aziz Babuçcu, presidente do AKP em Istambul, negou que o partido estivesse fazendo preparativos para uma recepção de boas-vindas, embora os militantes de base possam apoiar essa intenção. O vice-presidente do AKP, Hüseyin Çelik, fez um pedido para pedir que ninguém vá ao aeroporto.

O pedido teria sido evitar para evitar confrontos entre manifestantes e seguidores,assim como os registrados ontem em Rize, a cidade natal de Erdogan. Os manifestantes se refugiaram em um edifício que, pouco tempo depois, foi rodeado por mil de simpatizantes do primeiro-ministro e tiveram que ser resgatados pela polícia.

EFE   
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