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Europa

Eleições locais decisivas testam a força da extrema direita na França

29 mar 2015 - 12h56
(atualizado às 12h56)
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Começou neste domingo na França uma votação para eleger milhares de vereadores, que e é considerada um teste para a avaliação do crescimento da Frente Nacional (FN), de extrema direita, na base política.

A FN, partido político de Marine Le Pen, contra a imigração e contra o euro, está apostando na construção de uma base, com a eleição de políticos locais, para se tornar mais popular, com foco nas eleições nacionais.

Embora o partido tenha ficado em segundo lugar no primeiro turno da eleição da semana passada, contradizendo as alegações que a FN se tornou o principal partido do país, a legenda recebeu um em cada quatro votos e é quase certo que se veja um grande aumento da sua quantidade atual de dois vereadores.

“A FN está agora implementado nacionalmente, ele atingiu um nível que é alto, alto demais,” disse o primeiro-ministro socialista, Manuel Valls, que tem reforçado seu “medo” da ascensão da FN numa tentativa de mobilizar eleitores de esquerda desiludidos.

O segundo turno também é um teste decisivo para o ex-presidente Nicolas Sarkozy, que esboçou um retorno político hesitante, ao levar seu partido,  o conservador UMP, a um inesperado primeiro lugar no primeiro turno, embora ele ainda seja contestado dentro do seu próprio partido.

Pesquisas de opinião mostram o UMP e seus aliados vencendo a eleição com quase o dobro de assentos dos Socialistas do presidente François Hollande e seus parceiros.

Enquanto pesquisas mostram os Socialistas perdendo entre  20 e 40 dos “departamentos” que eles têm agora,  o governo, encorajado pelos sinais de que a economia está começando a melhorar, vai avançar com as reformas e uma remodelação não está prevista no momento, disse Valls ao Journal du Dimanche.

Pesquisas de opinião mostram que Le Pen deve provavelmente ir para o segundo turno das eleições presidenciais em 2017, mas não vai vencer.

O complexo sistema eleitoral, onde uma dupla de vereadores é eleita por seção eleitoral e são eles então que votam para decidir quem serão os presidentes das assembléias dos 98 “departamentos”, faz com que muita negociação seja necessária para decidir quantos vereadores cada partido ganhou.

No total, 4.108 vereadores, com poderes limitados sobre estradas, escolas e serviços sociais serão eleitos.

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