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Europa

Dolce & Gabbana usa jornais para se defender da acusação de evasão fiscal

20 jul 2013 - 06h19
(atualizado às 06h38)
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Os estilistas italianos Domenico Dolce e Stefano Gabbana, da grife Dolce & Gabbana, surpreenderam novamente neste sábado, após o anúncio do fechamento de suas lojas por três dias em Milão, ao comprarem espaços publicitários em alguns dos maiores jornais do país para se defenderem da acusação de evasão fiscal.

Desta forma, dois dos periódicos mais importantes jornais da Itália, o "La Repubblica" e o "Corriere della Sera", publicam hoje duas páginas inteiras em cada um, uma com um comunicado dos dois renomados estilistas e outra com um de seus advogados.

Na página assinada pelos proprietários da Dolce&Gabbana, ambos os estilistas afirmam que não estão dispostos a sofrer "injustamente" as acusações da Guarda de Finanças (polícia fiscal) e da Fazenda, além dos ataques dos juízes e do julgamento da imprensa há anos.

No último dia 19 de junho, um tribunal de Milão condenou em primeira instância os estilistas a um ano e oito meses de prisão por um crime de evasão fiscal de aproximadamente US$ 1,3 bilhão.

Em seu comunicado, datado no dia 19 de julho de 2013, os estilistas justificam a decisão de fechar suas as lojas de Milão durante três dias pelo tratamento recebido pela Prefeitura e defendem a visibilidade internacional que apresentaram a Milão, além dos postos de trabalho que criaram na cidade.

A polêmica com o Prefeitura começou há alguns dias, quando o vereador de Comércio, Franco D'Alfonso, ao abordar a possível participação de Dolce & Gabbana na Semana da Moda Feminina, que será realizada em setembro na cidade, afirmou que "não havia espaços públicos para quem estivesse condenado por evasão fiscal".

A segunda página estampada nos jornais de hoje, assinada pelos advogados dos estilistas, traz respostas às acusações de evasão fiscal que pesam sobre eles.

De acordo com os advogados dos estilistas, os impostos exigidos pel fisco correspondem a vendas jamais feitas e assinalam que se trata de "um caso único e mais que raro".

"O que é ainda mais paradoxal e inaceitável é se levarmos em conta que a fantasiosa teoria da Fazenda (tem que pagar impostos por vendas nunca recebidas) foi submetida à decisão de um juiz penal em duas ocasiões, nas quais se estimou que os fatos não subsistiam", acrescentaram os advogados no comunicado.

EFE   
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