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Europa

Diplomata israelense declara a Galícia como “inimiga”

Uma declaração aprovada pelo Parlamento galego reconhece os direitos palestinos e pede o cumprimento das resoluções da ONU

28 jul 2014 - 10h42
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O embaixador (cabeça baixa) declarou a Galícia como "inimiga" de Israel
O embaixador (cabeça baixa) declarou a Galícia como "inimiga" de Israel
Foto: Twitter / Reprodução

A relação entre o Parlamento galego, na Espanha, e o Estado de Israel está no centro das atenções após polêmicas diplomáticas. O último episódio envolve a aprovação de uma declaração institucional em 6 de maio no Parlamento galego, por ocasião do “aniversário do início do êxodo do povo palestino” (data de criação de Israel), o que provocou o protesto imediato do embaixador israelense na Espanha, Alon Bar. As informações são do El Mundo.

A declaração foi apoiada por todos os grupos na Câmara regional e contém várias disposições que "exigem o cumprimento das resoluções das Nações Unidas" ou afirmam "o absoluto respeito dos direitos do povo palestino".

O diplomata israelense, através de uma carta dirigida ao Presidente do Parlamento galego, Pilar Rojo, qualifica a declaração como “surpreendente” e entende que “o Parlamento Galego entrou para a lista dos inimigos de Israel”.

Alon Bar teria ficado especialmente revoltado com uma cláusula que exige “o reconhecimento do direito de regresso de pessoas e comunidades para a terra e suas casas de onde foram expulsos”. Ele disse que com esta posição, o Parlamento da Galícia não respeita o consenso da União Europeia e as posições defendidas pela Espanha.

O representante do Estado de Israel na Espanha acredita que "uma declaração com esses conteúdos e abordagens, precisamente no dia do aniversário da independência de Israel, só serve para apoiar as posições daqueles que perseguem o desaparecimento do estado de Israel".

A opinião do embaixador israelense não é compartilhada pelos principais grupos políticos. O porta-voz do parlamentar socialista da Galícia, José Luis Méndez Romeu, disse que a resposta do diplomata foi “desproporcional” e reiterou que a declaração unânime foi aprovada “em uma data muito simbólica”. Romeu lembrou outras declarações semelhantes, “como que condena o Holocausto aprovado no mês de janeiro” e destaca a postura socialista de engajar-se com a paz e o cumprimento das resoluções das Nações Unidas.

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Fonte: Terra
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