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Europa

Por vestibular, Grécia barra greve e força professores a trabalhar

12 mai 2013 - 08h58
(atualizado às 11h07)
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O Governo da Grécia, dirigido pelo conservador Antonis Samaras, emitiu um decreto de mobilização forçosa dos professores para evitar a greve que o sindicato de trabalhadores de ensino médio (Olme) ameaça colocar em prática a partir da próxima sexta-feira, quando começa o período de exames de seleção às universidades.

O decreto, divulgado neste domingo pela imprensa local, foi publicado ontem à noite no Diário Oficial do Estado e dita a "mobilização forçosa", cujo descumprimento pode ser punido até com vários meses de prisão. "O Governo deve salvaguardar os exames de admissão às universidades que estão ameaçados de anulação pela decisão do Olme", declarou o ministro da Educação Pública, Konstantinos Arvanitopulos.

"O decreto é vergonhoso e horroroso", bradou por sua vez, o secretário-geral do sindicato, Zemis Kosyfakis, à emissora de rádio Skai. "Não só proíbe o direito de greve, mas também a possibilidade que esta possa ser declarada", completou.

Já o deputado Dimitris Papadimulis, do principal partido opositor, Syriza, classificou a postura como "ditatorial". Ele lembrou que é a terceira vez em oito meses que o Governo procede à mobilização forçosa de algum setor em greve.

Contudo, o Olme decidiu manter as assembleias de base para tomar decisões sobre a proposta de paralisação a partir de sexta-feira em protesto contra as medidas de austeridade que serão aplicadas. Entre elas, estão o aumento de horas letivas semanais e a demissão de professores interinos.

As últimas greves na educação convocadas pelo sindicato aconteceram em 2006, quando os professores a mantiveram durante 25 dias, e em 1997, quando se prolongou durante nove semanas. Nos dois casos, o objetivo era exigir aumentos salariais e algumas concessões por parte do governo.

EFE   
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