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Europa

Londres é palco da maior simulação antiterror da história

Comissário da Polícia Metropolitana de Londres disse que o nível de ameaça terrorista subiu no último ano

30 jun 2015 - 17h11
(atualizado às 22h21)
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Serviços de emergência treinaram o atendimento a feridos durante um ataque
Serviços de emergência treinaram o atendimento a feridos durante um ataque
Foto: BBC News Brasil

Policiais, soldados, serviços de emergência e membros do serviço secreto participam nesta terça-feira em Londres do maior exercício antiterror da história, quase dez anos após os ataques de julho de 2005 contra o sistema de transporte da capital britânica.

A simulação de um ataque terrorista em Londres foi planejada durante seis meses.

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O exercício, chamado de Strong Tower (ou "Torre Forte", em tradução livre) envolveu mil policiais em locais espalhados por toda Londres e deve durar até a tarde de quarta-feira.

O comissário da Polícia Metropolitana de Londres, Bernard Hogan-Howe, afirmou que o exercício visa testar as respostas à presença de extremistas usando armas de fogo.

A Polícia Metropolitana londrina deixou claro que o exercício desta semana não é baseado em nenhuma informação secreta específica e é parte de uma estratégia de longo prazo para planejar e preparar a cidade para todos os tipos possíveis de ataques.

'Treinar e aprender'

A Scotland Yard começou a planejar o evento de dois dias em janeiro e apenas poucas pessoas têm conhecimento do roteiro completo para garantir que policiais e outros serviços participando do evento enfrentem o máximo de desafio.

Policiais de patentes mais altas informaram que a maior parte do exercício não vai ocorrer em frente ao público, mas algumas pessoas poderão ouvir barulhos ou ver algumas áreas sendo isoladas.

Bernard Hogan-Howe disse que o nível de ameaça terrorista subiu no último ano, o que torna crucial para os policiais, agentes e equipes de emergência "treinar e aprender".

"A razão de termos exercícios como o de hoje é que, obviamente, estamos preocupados (com o fato de) existir pessoas planejando eventos terroristas. Queremos, antes de tudo, evitar que elas ataquem. Mas, se não conseguirmos parar os planos dos terroristas, é essencial prejudicá-los e qualquer tipo de ataque que possa ocorrer."

Antigas estações de metrô, que não são mais usadas, foram cenário para partes do exercício
Antigas estações de metrô, que não são mais usadas, foram cenário para partes do exercício
Foto: BBC News Brasil

O correspondente da BBC para assuntos internos Dominic Casciani afirmou que, apesar da natureza deste "exercício ao vivo" soar muito parecida com o ataque recente em uma praia da Tunísia, no qual um atirador matou 38 pessoas, é preciso lembrar que este evento já vinha sendo planejado há seis meses e é parte de um programa regular.

Os oficiais que começaram a trabalhar na manhã desta terça-feira sabiam que participariam de um exercício mas não tinham ideia do que iriam enfrentar. Nem mesmo os comandantes sabiam.

Casciani afirma que o exercício foi influenciado por incidentes anteriores: o ataque contra a redação da revista satírica , em Paris, e o cerco a um café em Sydney.

E, segundo o correspondente da BBC, a Scotland Yard destacou que, não importa o que aconteça durante o exercício, não significa que eles tenham recebido alguma informação secreta específica sobre a possibilidade de um ataque contra Londres.

Os eventos ocorreram em várias partes da capital britânica
Os eventos ocorreram em várias partes da capital britânica
Foto: BBC News Brasil

Muitos exercícios antiterror ocorrem na Grã-Bretanha, mas longe dos olhos do público, em outras cidades fora da capital. O último exercício comparável ao desta semana ocorreu em Londres em 2012.

Naquela ocasião a Polícia Metropolitana e outros setores de emergência e segurança do país queriam testar como seria a reação a um ataque contra o metrô de Londres envolvendo um dispositivo radioativo ou químico.

Mas, nesta terça e quarta-feira, o exercício será mais amplo, com incidentes sendo encenados em várias partes da cidade, apesar de poucos saberem exatamente o que vai acontecer durante o exercício.

As agências envolvidas na operação incluem a polícia, os bombeiros, serviços de ambulância, de transporte público, o serviço público de saúde (NHS) e uma série de departamentos do governo que serão testados em modalidades como tomadas de decisão e gerenciamento durante um ataque.

Mil policiais participam do exercício que deve durar dois dias
Mil policiais participam do exercício que deve durar dois dias
Foto: BBC News Brasil
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