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Europa

Detido suposto autor de ataque a militar no metrô de Paris

29 mai 2013 - 04h58
(atualizado às 07h22)
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Um homem foi detido nesta madrugada nos arredores de Paris como suposto agressor do militar que foi apunhalado em uma estação do metrô da capital francesa no último sábado, informou nesta quarta-feira o ministro do Interior da França, Manuel Valls.

As provas que o suspeito - um homem de 22 anos com antecedentes policiais - deixou no metrô da Defense, onde o ataque ao militar ocorreu, permitiram sua identificação. A comprovação foi anunciada após um exame de DNA e a leitura das imagens das câmeras de vigilância, explicou Valls em entrevista à emissora "iTélé".

O suspeito foi capturado na cidade de Verrière, no departamento de Yvelines.

No entanto, o ministro não quis confirmar as informações oferecidas pela imprensa local, as quais apontam que o jovem teria se convertido ao islã e era reconhecido por seu radicalismo.

"Agora, temos que saber mais sobre suas motivações", finalizou o ministro francês.

A emissora de rádio "France Info", que citou fontes policiais, indicou que o detido se chama Alexandre, é original de Trappes, uma cidade popular nos arredores de Paris, não tem domicílio fixo e estava hospedado na casa de uns conhecidos até a última noite.

O ministro assinalou que a investigação segue a cargo das autoridades antiterrorista de Paris.

Questionado sobre quantas pessoas possui um perfil capaz de realizar ataques como o do último sábado, Valls respondeu que "há várias dezenas, vários centenas de Merah potenciais", o que "não quer dizer que todos passam cometer tal ação".

"Trata-se de delinquentes, alguns deles convertidos ao Islã, que, após se tornarem radicais, podem cometer ações terroristas", completou o ministro, que fazia referência a Mohammed Merah, o jovem autor do massacre cometido em Toulouse em março de 2012 contra militares e contra uma escola judia.

Após a ação, o mesmo morreu após uma operação policial em seu domicílio, situado nessa mesma cidade do sul.

O ataque com arma branca contra Cédric Cordiez, de 23 anos, aconteceu no último sábado, quando o mesmo se encontrava na estação do metrô da Defense - onde há um centro comercial - com outros dois militares, no dispositivo de proteção antiterrorista Vigipirate.

Cordiez, que deixou o hospital na segunda-feira após ter tratado os cortes no pescoço causados pelo agressor, é um dos 1,2 mil membros do Exército francês que estão desdobrados por diferentes pontos do país, no marco do dispositivo Vigipirate, em reforço das forças da ordem.

EFE   
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