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Europa

Deputado neonazista fere menina em ataque a prefeito de Atenas

2 mai 2013 - 09h34
(atualizado às 09h56)
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Giorgos Kaminis concede entrevista em Atenas nesta quinta-feira
Giorgos Kaminis concede entrevista em Atenas nesta quinta-feira
Foto: AFP

Após seu partido - o neonazista Amanhecer Dourado - ser proibido de distribuir alimentos somente para gregos na praça Syntagma, o deputado Yorgos Germenis tentou atacar nesta quinta-feira o prefeito de Atenas, Yorgos Kaminis, e acabou ferindo uma menina de 12 anos na ação.

Segundo as testemunhas, o deputado Yorgos Germenis, baixista de um conhecido grupo de "black metal", entrou em mercearia social, onde era distribuído velas de Páscoa às crianças, e tentou atacar o prefeito, mas foi impedido pelos seguranças.

As mesmas testemunhas ressaltaram que, antes de ser expulso do local pelos seguranças, o deputado neonazista ainda tentou sacar sua arma. Em comunicado, a direção do partido negou os fatos, enquanto um porta-voz da polícia local explicou à agência EFE que o caso já está sendo investigado.

"A democracia vencerá. A lógica da força bruta que vimos hoje em duas ocasiões, incluindo o incidente envolvendo o deputado, não passará impune", afirmou o prefeito de Atenas após o ataque.

A tensão entre a prefeitura da capital grega e o Amanhecer Dourado se intensificou depois que a polícia, por ordem da própria prefeitura, proibisse um ato da formação na praça Syntagma, na qual o partido neonazista pretendia distribuir comida só para gregos para celebrar a Quinta-Feira Santa Ortodoxa.

Os integrantes do Amanhecer Dourado, ignorando os avisos da polícia, iniciaram a distribuição dos alimentos na praça citada, mas acabaram sendo coibidos pelas forças de segurança, que recorreram ao uso de gás lacrimogêneo para dispersar os neonazistas. Após o incidente, Kaminis afirmou que essa proibição tinha sido uma "vitória da sociedade democrática" e lembrou que o partido neonazista não tinha de permissão para realizar o ato.

Em resposta a proibição, o partido neonazista convocou seus militantes para se reunir em sua sede central para dar continuidade a distribuição de alimentos "só para os gregos", uma ação que foi duramente criticada pelos religiosos ortodoxos da capital russa.

EFE   
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