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Europa

De topless, Femen protesta contra ultradireitista na França

Marine Le Pen espera que seu partido conquiste vários cargos nos conselhos que regem os departamentos franceses

29 mar 2015 - 14h44
(atualizado às 14h46)
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<p>Ativistas do Femen protestam em frente à seção eleitoral onde a líder da Frente Nacional, Marine Le Pen, votou em Henin-Beaumont, norte da França</p>
Ativistas do Femen protestam em frente à seção eleitoral onde a líder da Frente Nacional, Marine Le Pen, votou em Henin-Beaumont, norte da França
Foto: Pascal Rossignol / Reuters

De topless, ativistas do Femen protestaram contra a líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, enquanto ela votava no segundo turno das eleições regionais na comuna francesa de Hénin-Beaumont, onde seu partido controla a prefeitura.

Na ocasião, Le Pen disse esperar que a Frente Nacional conquiste vários cargos nos conselhos que regem os departamentos, os departamentos gerais.

Embora seu partido tenha ficado em segundo lugar no primeiro turno da eleição da semana passada, contradizendo as alegações que a FN se tornou o principal partido do país, a legenda recebeu um em cada quatro votos e é quase certo que se veja um grande aumento da sua quantidade atual de dois vereadores.

“A FN está agora implementado nacionalmente, ele atingiu um nível que é alto, alto demais,” disse o primeiro-ministro socialista, Manuel Valls, que tem reforçado seu “medo” da ascensão da FN numa tentativa de mobilizar eleitores de esquerda desiludidos.

Assim como para Le Pen, o segundo turno também é um teste decisivo para o ex-presidente Nicolas Sarkozy, que esboçou um retorno político hesitante, ao levar seu partido,  o conservador UMP, a um inesperado primeiro lugar no primeiro turno, embora ele ainda seja contestado dentro do seu próprio partido.

Ativistas escreveram nas costas as palavras "sentença de morte", "revisionista", "xenofobia", "sexismo", "racismo" e "homofobia"
Ativistas escreveram nas costas as palavras "sentença de morte", "revisionista", "xenofobia", "sexismo", "racismo" e "homofobia"
Foto: Michel Spingler / AP

Pesquisas de opinião mostram o UMP e seus aliados vencendo a eleição com quase o dobro de assentos dos Socialistas do presidente François Hollande e seus parceiros.

Enquanto pesquisas mostram os Socialistas perdendo entre  20 e 40 dos “departamentos” que eles têm agora,  o governo, encorajado pelos sinais de que a economia está começando a melhorar, vai avançar com as reformas e uma remodelação não está prevista no momento, disse Valls ao Journal du Dimanche.

Pesquisas de opinião mostram que Le Pen deve provavelmente ir para o segundo turno das eleições presidenciais em 2017, mas não vai vencer.

O complexo sistema eleitoral, onde uma dupla de vereadores é eleita por seção eleitoral e são eles então que votam para decidir quem serão os presidentes das assembléias dos 98 “departamentos”, faz com que muita negociação seja necessária para decidir quantos vereadores cada partido ganhou.

No total, 4.108 vereadores, com poderes limitados sobre estradas, escolas e serviços sociais serão eleitos.

Alta participação

A participação dos eleitores no segundo turno das eleições departamentais francesas era de 41,94% até as 17h (12h em Brasília) deste domingo, segundo dados divulgados pelo Ministério do Interior da França.

O número é superior aos 36,2% registrados no mesmo horário em 2011, mas o pleito não pode ser comparado integralmente porque desde então o sistema de eleição foi alterado.

Entre os que já tinham votado antes da contagem de participação estão o presidente da França, François Hollande, que votou na cidade de Tulle, no sul do país, e o primeiro-ministro, Manuel Valls, que depositou a cédula em Evry, nos arredores de Paris.

Os colégios eleitorais, que abriram às 8h locais de hoje na região metropolitana, fecharão às 18h, embora nas grandes cidades será possível votar até duas horas mais tarde.

Com informações da Reuters e EFE.

Fonte: Terra
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