Cruz Vermelha anuncia programa de ajuda para 200 mil refugiados na Grécia
O secretário-geral da Federação Internacional de Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC), Elhadj As Sy, anunciou nesta terça-feira em Atenas o lançamento de um programa de ajuda para 200 mil refugiados na Grécia, avaliado em 11 milhões de euros (cerca de R$ 46 milhões).
"As pessoas chegam exaustas após um longo trajeto e precisam de ajuda imediata, apoio psicológico, ajuda para continuar seu caminho", declarou Sy em entrevista coletiva junto com o ministro grego de Migração, Yiannis Mouzalas.
Sy explicou quea IFRC respondeu ao pedido do governo grego e iniciou um plano de urgência que consiste na distribuição de pacotes com comida não perecível, sacos de dormir, material higiênico, impermeáveis e roupa para o inverno.
O programa inclui ainda apoio psicológico e a contribuição do IFRC à reunificação das famílias separadas.
"Estamos presentes em todo o percurso da rota dos refugiados. Na Síria, onde há 7,5 milhões de deslocados no interior do país; na Jordânia, onde há um milhão de refugiados; e na Turquia, onde há 2,5 milhões de refugiados", destacou Sy.
O representante do IFRC pediu a criação de corredores seguros para os refugiados.
"Se foram transferidos legalmente não dependem dos traficantes e têm mais segurança. O melhor alívio para os refugiados são soluções políticas aos problemas políticos", acrescentou.
"Infelizmente precisamos da ajuda do IFRC. Felizmente, a temos", declarou Muzalas, que prometeu que a Grécia aproveitará ao máximo esta cooperação.
Para o ministro grego o mais importante é a boa coordenação entre as agências governamentais e a Cruz Vermelha para otimizar os resultados.
Na Grécia operam equipes da Cruz Vermelha de Espanha, Dinamarca, Alemanha e Reino Unido nas ilhas de Lesbos, Quios, Samos e Kos, as mais afetadas pela chegada diária de embarcações.
Além disso, há membros de Cruz Vermelha da Noruega e do Canadá, que estão presentes na fronteira entre Grécia e Macedônia.
A seção grega da Cruz Vermelha assiste aos chegados aos campos de amparo de Eleonas, Galatsi e Helinikon na região de Ática.
Amanhã deve acontecer a primeira realocação de um grupo de 30 refugiados sírios e iraquianos, que se instalarão em Luxemburgo.
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