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Europa

Copiloto foi tratado durante anos por tendências suicidas, segundo promotoria

30 mar 2015 - 11h53
(atualizado às 11h53)
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A Promotoria de Düsseldorf (Alemanha) informou nesta segunda-feira que o copiloto do avião de Germanwings que caiu na semana passada nos Alpes franceses foi submetido há anos, antes de obter sua licença de piloto, a um tratamento psicoterápico por "tendências suicidas" por um longo período de tempo.

"Posteriormente houve mais atendimentos médicos com prescrição de baixa, sem que neles se constatassem tendências suicidas ou agressivas", afirmou a promotoria em um comunicado.

A nota disse ainda que segundo os documentos recolhidos nos imóveis de Andreas Lubitz o copiloto não sofria "nenhuma doença física".

A promotoria continua analisando o material apreendido na casa de Lubitz em Düsseldorf e no imóvel de seus pais, na cidade de Montabaur.

Segundo o Ministério Público de Düsseldorf, não foram encontradas provas nem mensagens revelando a intenção de Lubitz de derrubar o avião.

O copiloto supostamente derrubou deliberadamente na terça-feira passada o avião da Germanwings (subsidiária de baixo custo da Lufthansa), que fazia a rota Barcelona-Düsseldorf, nos Alpes franceses, após impedir a entrada do comandante na cabine.

Todas as 150 pessoas a bordo, a maioria de cidadania espanhola e alemã, morreram na tragédia.

As investigações realizadas sobre a vida pessoal, familiar e no local de trabalho do copiloto também não levantaram "indícios consistentes que ajudem a explicar os possíveis motivos" de seu ato.

A Promotoria de Düsseldorf, encarregada da investigação na Alemanha, disse que conversou com várias pessoas próximas de Lubitz e que não pode especular sobre os motivos que teriam levado o copiloto a provocar a queda da aeronave.

"As autoridades que investigam caso devem se ater unicamente aos fatos", afirmou o organismo.

Na sexta-feira passada, a promotoria afirmou que encontrou nos imóveis do piloto atestados médicos atuais jogados fora, inclusive vigentes para o dia da tragédia, e que foram ocultados de seu empregador.

No entanto, a doença que o piloto sofreria não foi informada. Na semana passada, o presidente da Lufthansa, Carsten Spohr, informou que Lubitz tinha interrompido sua formação durante meses há seis anos.

EFE   
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