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Mundo

Comitê diz que Obama conseguiu mudanças em curto prazo

10 dez 2009 - 10h50
(atualizado às 12h23)
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O presidente do Comitê Nobel, Thorbjorn Jagland, afirmou hoje que o líder americano, Barack Obama, o novo agraciado com o Prêmio Nobel da Paz, conseguiu "mudanças determinantes" em um "curto espaço de tempo".

Jagland fez essas declarações no início da cerimônia de entrega do Nobel ao presidente americano no auditório municipal de Oslo, diante de um público de mil de pessoas entre as quais estavam, como é tradição, os reis da Noruega, Harald e Sonja, e personagens como o ator Will Smith.

Em alusão à polêmica criada pela concessão do prêmio a um presidente americano que está há apenas 11 meses no cargo, o presidente do Comitê Nobel disse que "raramente uma só pessoa domina a política internacional tão amplamente como Obama, ou em tão curto prazo de tempo inicia tantas mudanças importantes".

"Se os princípios são suficientemente importantes e a luta por eles é vital para o futuro do mundo, o comitê não pode esperar até que tenhammos certeza que esses princípios se impuseram em todas as frentes. Isso faria do prêmio um selo de aprovação com atraso e não um instrumento de paz no mundo", ressaltou.

Entre as conquistas de Obama - que o presidente americano ouvia atentamente da mesa presidencial, acompanhado da esposa, Michelle -, Jagland citou que "a diplomacia multilateral voltou a ganhar uma posição central" durante o mandato dele, "os padrões internacionais voltam a ser respeitados e a tortura foi proibida".

O presidente americano, disse, lançou uma proposta para conseguir um mundo sem armas nucleares e seu Governo "reconsiderou" o posicionamento no Leste Europeu de um escudo antimísseis, para dar lugar a outras "opções multilaterais para dar segurança à região".

Obama, acrescentou, insistiu em que os EUA "devem criar coalizões e fazer amigos antes que inimigos", uma estratégia que, segundo Jagland, segue no Afeganistão.

"A longo prazo, os problemas no Afeganistão só podem ser resolvidos pelos próprios afegãos, e esta é a lógica básica por trás da nova estratégia do presidente", disse.

Obama, ressaltou, "é um líder político que entende que mesmo os mais poderosos são vulneráveis quando estão sozinhos. É um homem que acredita na força da comunidade".

EFE   
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