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Europa

Com 'menor exército', suíços decidem manter serviço militar obrigatório

Grupo defendia a substituição do serviço militar obrigatório por voluntários ou por um exército profissional, mas população rejeitou a proposta

22 set 2013 - 11h10
(atualizado às 11h16)
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Os suíços aprovaram por ampla maioria neste domingo a permanência do serviço militar obrigatório, segundo a projeção de resultados apresentada pelo Instituto de Pesquisas de Berna GFS para a rede de televisão pública RTS.

Cerca de 73% dos suíços disseram "Não" à pergunta do Grupo por uma Suíça sem Exército (GSsA), formado por socialistas, verdes e feministas. O GSsA defendia a substituição do serviço militar obrigatório por voluntários ou por um exército profissional.

Os opositores a este grupo o acusam de querer, na realidade, suprimir diretamente o exército, muito integrado na vida civil do país.

Em 1989, após a queda do muro de Berlim, o GSsA conseguiu uma grande vitória ao obter 35,6% dos votos favoráveis a outra iniciativa que pedia uma "Suíça sem armas e por uma política global de paz".

O exército suíço, cujas forças aéreas lutaram e sofreram grandes perdas durante a Segunda Guerra Mundial para defender a neutralidade do país ante os ataques alemães, também atua nas catástrofes naturais ou para prevenir atentados. Também se ocupa da segurança na cúpula econômica de Davos.

Estes "cidadãos soldados" são os únicos no mundo que podem guardar as armas em sua casa e estão obrigados a praticar regularmente o tiro.

O exército, que em 1961 tinha 625 mil homens, superará os 100 mil em 2016, embora apenas 4 mil deles estejam mobilizados permanentemente, o que os converte, segundo o presidente do governo Ueli Maurer, no "menor exército do mundo".

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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