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Europa

Com 8 anos, Leonor será mais jovem herdeira a trono europeu

Quando seu pai for coroado, todos os olhares estarão voltados para a menina que um dia se tornará rainha da Espanha

8 jun 2014 - 13h05
(atualizado às 13h06)
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Princesa Leonar, da Espanha, em missa de Páscoa na Catedral de Palma de Mallorca, no dia 20 de abril de 2014
Princesa Leonar, da Espanha, em missa de Páscoa na Catedral de Palma de Mallorca, no dia 20 de abril de 2014
Foto: Getty Images

Como muitas outras meninas de oito anos, almoça na escola e tem aulas de balé. Mas quando seu pai for coroado Felipe VI da Espanha, Leonor, a quem seus amigos terão agora que chamar de "alteza", será a mais jovem herdeira a um trono europeu.

Após a abdicação de seu avô, Juan Carlos I, sua infância não será mais a mesma: todos os olhares estarão voltados para os olhos azuis, para o cabelo loiro e para o sorriso da menina que um dia se tornará rainha da Espanha.

Segundo os analistas da monarquia, estes encantos podem ser o que a família real precisa para recuperar sua boa imagem.

"Ela até agora foi protegida por seus pais de uma maneira deliberada, intencional. Foi protegida para que não apareça todos os dias na imprensa", afirma o biógrafo do príncipe, José Apezarena. "Mas isso acabou".

"Continuarão tentando minimizar as consequências para sua vida pessoal, mas ela passará a ser herdeira em alguns dias e isso vai mudar a sua vida", explica.

"Tenho um pouco de pena por esta mudança, porque isso vai tirar sua liberdade", acrescenta.

O príncipe Felipe e sua esposa, a princesa Letizia, ex-jornalista televisiva, já eram os grandes favoritos das revistas de fofocas quando Leonor nasceu, no dia 31 de outubro de 2005.

A chegada da herdeira e de sua irmã, Sofía, de sete anos, os converteu em uma das famílias reais mais amadas: um belo príncipe, uma mãe elegante e duas meninas loirinhas.

Entre as poucas imagens das pequenas infantas permitidas pela casa real, elas foram vistas em julho de 2012 vestidas com camisas da seleção espanhola, com seus nomes escritos nas costas, para receber junto aos seus pais e ao seu avô os campeões da Eurocopa de Futebol.

Leonor "é uma menina muito inteligente, ativa e muito tranquila que enfrenta com uma enorme serenidade a presença das câmeras", explica Apezarena.

"É muito cuidadosa com sua irmã, procura verdadeiramente dar conselhos e ajudá-la", acrescenta.

"Faz as mesmas coisas que seus amigos, não tem um plano especial: almoça na escola, tem aulas de balé, estuda inglês. Dizem que fala inglês muito bem", explica.

Aprende a língua com sua avó, a rainha Sofía, com sua babá britânica e em Santa María de los Rosales, sua elegante escola particular a oeste de Madri.

Um mês antes da abdicação de seu avô, Leonor participou de seu primeiro ato oficial: com um casaco branco adornado com um laço cinza combinando com sua calça, presenciou junto ao seu pai, de uniforme azul da Força Aérea, uma cerimônia no dia 2 de maio.

Para alguns, o momento não foi casual: Juan Carlos, de 76 anos, já havia decidido abdicar e o ato foi o início de seu caminho como futura herdeira.

A atual Constituição espanhola antepõe "o homem sobre a mulher" na ordem de sucessão ao trono, mas, à espera de uma eventual reforma, os analistas acreditam que Felipe e Letizia não terão outros filhos.

Leonor de Bourbon Ortiz herdará todos os títulos de seu pai: princesa de Astúrias, de Viana, de Girona, senhora de Balaguer, duquesa de Montblanc e condessa de Cervera.

E deve receber a mesma preparação que ele, com formação universitária e militar quando crescer. Aos 18 anos, deverá jurar lealdade ao rei e à Constituição.

"Sei que já iam explicando a ela há algum tempo quem ela é e quem são seus pais, quem são seus avós, os reis, e qual é o seu papel no país", afirma Apezarena.

"Ela, pouco a pouco, ia ouvindo isso, mas é muito jovem", acrescenta.

Por trás dos muros do palácio ou da escola, Leonor pode não ouvir os sons dos protestos nas ruas que exigem um retorno à república.

Mas os dois grandes partidos espanhóis, o governante Partido Popular e o opositor Partido Socialista, apoiam a proclamação de Felipe VI, e o novo rei deverá prestar juramento no dia 19 de junho.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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