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Europa

Cinco pessoas seguem desaparecidas após tiroteio na Noruega

23 jul 2011 - 14h05
(atualizado às 15h25)
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Cinco pessoas ainda estão desaparecidas após o tiroteio de sexta-feira num acampamento de verão da juventude trabalhista na ilha de Utoya, na Noruega, que vitimou 85 pessoas. A informação é da polícia local.

O premiê norueguês consola sobreviventes do massacre na ilha de Utoya, em frente ao hotel Sunvold, em Sundvollen
O premiê norueguês consola sobreviventes do massacre na ilha de Utoya, em frente ao hotel Sunvold, em Sundvollen
Foto: AP

O suspeito de abrir fogo foi detido e admitiu ser o autor dos disparos, afirmou uma autoridade da polícia norueguesa, acrescentando que os agentes ainda investigam se uma segunda pessoa teria participado do atentado na ilha, como dão a entender alguns depoimentos.

"O suspeito se entregou à polícia quando os agentes chegaram, sem opor resistência", contou um oficial da corporação aos jornalistas. "Os tiros foram disparados por cerca de uma hora e meia", afirmou o policial, acrescentando que o atirador carregava duas armas.

Questionado sobre a presença de um segundo criminoso, o oficial respondeu que a polícia "não estava totalmente certa da informação" e que seguia investigando.

Também na sexta-feira, uma explosão causada por um carro-bomba, de acordo com o comissário Sveinung Sponheim, nos arredores do prédio-sede do Governo norueguês deixou sete mortos. Assim, o balanço de vítimas fatais no duplo atentado chegou a 92 e ainda pode aumentar.

Sponheim confirmou ainda que vários explosivos foram encontrados na ilha de Utoya, como informaram serviços de segurança na véspera.

Tragédia na Noruega
A Noruega viveu na última sexta-feira, dia 22, a maior tragédia do país desde a Segunda Guerra Mundial. Dois atentados deixaram, até o momento, um saldo de 92 mortos. Primeiro, uma bomba explodiu no centro da capital, Oslo, na região onde estão localizados vários prédios governamentais, inclusive o escritório do premiê, Jens Stoltenber. Sete pessoas morreram, mas a polícia admite possa haver corpos não resgatados nos prédios.

A segunda tragédia aconteceu em uma ilha próxima da capital, Utoya. Lá, Anders Behring Breivik, um homem de 32 anos vestido com uniforme da polícia, abriu fogo contra jovens reunidos em um acampamento de verão. Ao menos 85 morreram. A maioria pelos tiros disparados. Alguns outros morreram afogados após tentarem fugir nadando. Ele foi detido logo depois, pela polícia, e admitiu o crime. Suspeita-se que o atirador - que é ligado à extrema-direita - também tenha orquestrado o ataque em Oslo.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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