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Europa

Chanceler equatoriano receberá mãe de Assange em Quito

27 jul 2012 - 17h49
(atualizado às 18h14)
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O chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, dialogará na segunda-feira, em Quito, com a mãe do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, refugiado na embaixada equatoriana em Londres desde 19 de junho para evitar a extradição do filho para a Suécia, segundo informações oficiais esta sexta-feira. O ministro receberá Christine Assange na segunda-feira pela manhã em seu gabinete, anunciou a chancelaria à imprensa.

Segundo Patiño, o Equador responderá ao pedido de asilo político do fundador do WikiLeaks depois dos Jogos Olímpicos de Londres-2012, que terminam em 12 de agosto. "Tomaremos decisões que não afetem nossas relações com a Grã-Bretanha. Pode ser que sejam diferentes da posição que o governo britânico terá, mas seremos prudentes para não afetar (...) os Jogos Olímpicos", disse o funcionário.

Assange, de 41 anos, pediu asilo a Quito para evitar ser extraditado à Suécia, onde é acusado de supostos crimes de agressão sexual. O ex-hacker sustenta que a Suécia pode ser uma etapa prévia à sua entrega aos Estados Unidos, país que o investiga por suposta espionagem após a difusão no site WikiLeaks de centenas de milhares de despachos confidenciais do Departamento de Estado e documentos secretos sobre as guerras do Iraque e do Afeganistão, pelo que teme ser condenado à morte.

Há uma semana, o presidente socialista Rafael Correa expressou que Quito examinará com seriedade e de forma soberana o pedido de Assange, cuja defesa é liderada pelo ex-juiz espanhol Baltasar Garzón, que integra um painel internacional para supervisionar a reestruturação do sistema judicial equatoriano. Antes, Correa havia dito: "se a vida de Assange corre risco, essas coisas são razão para conceder um asilo", destacando que "nos Estados Unidos há pena de morte para crimes políticos".

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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