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Europa

Casa onde Hitler pode se tornar centro para imigrantes

31 jan 2013 - 14h49
(atualizado às 15h44)
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A casa onde o ditador nazista Adolf Hitler nasceu na cidade austríaca de Braunau am Inn está perto de se transformar em um centro para a integração de imigrantes, se as negociações entre as autoridades e uma ONG local se concretizarem.

A casa centenária normalmente seria considerada propriedade valiosa, mas o estigma de Hitler tem causado problemas para o conselho da cidade
A casa centenária normalmente seria considerada propriedade valiosa, mas o estigma de Hitler tem causado problemas para o conselho da cidade
Foto: AP

O que foi o ditador mais sangrento do século XX nasceu na casa em Braunau, muito perto da fronteira com a Alemanha, em 1889, e embora sua família tenha passado ali apenas três anos, seu legado teve um enorme peso nesta cidade de 16 mil habitantes.

"Ainda restam muitos detalhes para esclarecer com os potenciais usuários e o Ministério do Interior", explica em comunicado dirigido à Agência Efe o prefeito da cidade, Johannes Waidbacher, que pediu paciência pela "delicadeza" do assunto.

A imprensa austríaca informou hoje que existem negociações entre a organização humanitária Volkshilfe para que a casa se transforme em um centro que favoreça a integração de imigrantes por meio de cursos de idiomas e outras atividades de apoio. Esta ONG próxima ao partido social-democrata SPÖ considera que dar um uso social a este lugar seria "uma grande sinal" tendo em vista seu passado.

Na atualidade, a casa é propriedade de uma aldeã, embora desde 1972 o Ministério do Interior da Áustria a tenha alugado e a ceda à Prefeitura de Braunau por cerca de 5 mil euros mensais, uma quantidade que o consistório sublinhou que não pode enfrentar a médio prazo.

No passado, se abrigou ali uma biblioteca, um banco, e mais recentemente, uma oficina de formação de uma organização para incapacitados, que a abandonou há um ano para buscar um aluguel mais barato. Desde então surgiu um debate sobre o que fazer com o imóvel, se estabelecer ali um memorial para lembrar seu passado ou tratar que seja uma casa mais.

A Prefeitura manifestou o temor de que uma organização neonazista pudesse alugá-la de forma encoberta e transformar a cidade em um centro de peregrinação para setores ultradireitistas.

EFE   
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