Carla Bruni diz que subestimou poder de mobilização contra aids
1 dez2010 - 15h36
(atualizado às 16h30)
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A primeira-dama da França, cantora e ex-modelo Carla Bruni-Sarkozy assegurou, nesta quarta-feira, que quando se tornou embaixadora mundial da luta contra a aids, em 2008, subestimou sua capacidade de mobilizar o povo contra o HIV.
"Me senti muito pequena perante a tarefa e perante a crueldade dos dados", disse Carla em um ato para arrecadar fundos para combater o mesmo vírus que, em 2006, tirou a vida de seu irmão Virginio e que colocou sua imagem midiática a serviço do Fundo Mundial para a proteção das mães e crianças contra a aids.
Mas através de seu novo trabalho, e em parte graças a uma viagem a Burkina Fasso para conhecer de perto as pessoas que lutam para combater a doença nos países com maior número de vítimas, a esposa de Nicolas Sarkozy se convenceu da possibilidade real de erradicar a transmissão de mães para filhos até 2015.
"Subestimei os pesquisadores", as instituições e os governos, e "subestimei também minha própria capacidade de mobilizar o povo".
Os dados das instituições que participaram do ato nas dependências do Palácio do Eliseu, como Unicef e Unitaid, mostram que, nos últimos cinco anos, o número de crianças que nasceram com aids caiu 25%.
No entanto, metade das mães infectadas pelo vírus ainda não recebe tratamento, o que eleva para 40% as possibilidades de que seus filhos nasçam contaminados pelo HIV.
A cada dia, mil crianças nascem com o vírus porque suas mães são portadoras do HIV, um canal de transmissão quase erradicado nos países desenvolvidos, mas que afeta 2,5 milhões de crianças nos cantos mais pobres do planeta, especialmente na África.
Neste ano, o Brasil foi o primeiro país das Américas a ser escolhido para sediar as celebrações do Dia Mundial de Luta contra a Aids.
Crianças soropositivas realizam um show no bairro de Khayelitsha, na Cidade do Cabo, por ocasião da celebração do Dia Mundial de Luta Contra a Aids
Foto: EFE
Transexuais indianos posam com um boneco de um preservativo gigante durante comemorações do Dia Mundial de Luta Contra a Aids em Hyderabad, na Índia
Foto: AP
Membros da Associação para o Desenvolvimento da População e da Comunidade usam roupas feitas com preservativos durante comemorações do Dia Mundial de Luta Contra a Aids em Bangcoc, na Tailândia
Foto: AP
Profissionais da saúde e estudantes soltam balões depois de manifestação pelo Dia Mundial da Luta Contra a Aids em Manila, nas Filipinas
Foto: Reuters
Homem infectado com o vírus HIV segura uma placa que pede esclarecimentos sobre a doação de US$ 30 milhões pelo Banco Mundial para as vítimas do aids no Nepal no Dia Mundial da Luta Contra a Aids em Katmandu
Foto: Reuters
Pessoas soropositivas participam de manifestação pelo Dia Mundial da Luta Contra a Aids em Karachi, no Paquistão
Foto: AFP
Ativistas turcos realizam manifestação em frente ao monumento Ataturk durante uma marcha pelo Dia Mundial da Luta Contra a Aids
Foto: AFP
A primeira dama francesa Carla Bruni Sarkozy sorri em coletiva de imprensa sobre o Dia Mundial da Luta contra a Aids em Paris
Foto: AP
A cantora e ex-modelo se tornou embaixadora mundial da luta contra a aids, em 2008
Foto: AP
Carla participou de ato para arrecadar fundos para combater o mesmo vírus que, em 2006, tirou a vida de seu irmão, Virginio
Foto: AP
Tradicional ponto turístico da capital inglesa, a London Eye também aderiu ao Dia Nacional da Aids
Foto: EFE
A Porta de Alcala também foi decorada por luzes vermelhas em Madri
Foto: AFP
O City Hall de Paris ganhou luzes vermelhas para celebrar a luta contra a aids
Foto: AFP
O City Hall minutos antes de ligarem as luzes decorativas
Foto: AFP
A Igreja da Sagrada Família, tradicional ponto turístico de Barcelona, fica sob luzes vermelhas