PUBLICIDADE
URGENTE
Saiba como doar qualquer valor para o PIX oficial do Rio Grande do Sul

Europa

Capitão do Costa Concordia diz que timoneiro é culpado pelo naufrágio

Julgamento de Francesco Schettino foi retomado nesta segunda-feira após ter sido adiado em julho

23 set 2013 - 08h13
(atualizado às 08h35)
Compartilhar
Exibir comentários
Francesco Schettino ajusta suas calças ao chegar a teatro convertido em tribunal na localidade de Grosseto
Francesco Schettino ajusta suas calças ao chegar a teatro convertido em tribunal na localidade de Grosseto
Foto: AP

O capitão do navio Costa Concordia, Francesco Schettino, disse nesta segunda-feira que está sendo acusado indevidamente pelo naufrágio que matou 32 pessoas durante audiência e disse que o timoneiro indonésio Jacob Rusli contribuiu para o acidente por não ter obedecido sua ordem. Até agora, a primeira audiência deste processe tinha sido realizada em 17 de julho e após uma pausa, foi retomada com as declarações dos peritos.

O almirante Giuseppe Cavo Dragone, o responsável dos peritos nomeados pelo juiz instrutor, explicou que mesmo que o timoneiro do cruzeiro tenha realizado a manobra indicada com 13 segundos de atraso, "de todas maneiras não teria evitado o impacto".

Após a declaração do almirante, Schettino pediu para falar e assegurou que o timoneiro "não cumpriu corretamente" suas ordens. "No momento no qual pedi ao timoneiro que virasse, seu erro foi o de não fazê-lo em seguida, já que o navio tinha uma aceleração para a direita", disse Schettino. O capitão acrescentou que "se não tivesse existido o erro do timoneiro de não virar o navio para a esquerda, ou seja, para evitar o choque, não teria ocorrido o impacto".

O advogado de Schettino, Francesco Pepe, indicou aos meios de comunicação italianos que seus peritos comprovaram que se o timoneiro tivesse realizado esta manobra como tinha sido pedido, o cruzeiro não teria sofrido o impacto.

A defesa do capitão do Costa Concordia voltou a pedir, além disso, que seja realizada uma perícia na sala de comandantes do navio, que agora pode ocorrer depois que o cruzeiro foi endireitado e descansa sobre uma plataforma artificial.

O capitão é o único que se senta no banco dos réus de Grosseto, onde é realizado o processo, já que o resto dos acusados já foram julgados e tiveram penas inferiores a três anos, por isso que nenhum será preso.

Em 20 de julho, o juiz da audiência preliminar Pietro Molino confirmou as penas de 23 meses e 18 meses aos oficiais Ciro Ambrosio e Silvia Coronica, respectivamente; de 30 ao chefe da cabine, Manrico Giampedroni, e de 34 meses ao chefe da unidade de crise em terra da Costa Cruzeiros, barqueira proprietária do navio, Roberto Ferrarini. Além disso, o timoneiro acusado por Schettino foi condenado a 20 meses de prisão.

O naufrágio do Costa Concordia ocorreu na noite do 13 de janeiro de 2012 depois que o navio se chocou durante uma manobra para se aproximar da costa.

Costa Concordia ficou mais danificado do que se previa:

EFE   
Compartilhar
Publicidade
Publicidade