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Europa

Britânicos vão às urnas em eleições gerais marcadas por equilíbrio

7 mai 2015 - 12h56
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Os britânicos vão às urnas nesta quinta-feira para escolher os 650 membros do parlamento e decidir o novo governo em um pleito marcado pelo equilíbrio entre os dois principais partidos, o Conservador e o Trabalhista, que estão praticamente empatados em todas as enquetes.

Os colégios eleitorais abriram às 7h (horário local, 3h de Brasília) para uma longa jornada de votação que terminará às 22h (18h de Brasília), em um dia normal de trabalho.

Além das eleições gerais, em muitas cidades da Inglaterra ocorrem também eleições locais, para a escolha de prefeitos e cargos municipais.

A jornada eleitoral transcorreu sem nenhum incidente nas primeiras horas após a abertura das urnas, com os cidadãos que acordaram cedo votando antes de ir para o trabalho e com os líderes dos principais partidos também exercendo o direito ao voto.

O atual chefe do governo britânico e líder do Partido Conservador, David Cameron, de 48 anos e que tenta a reeleição, votou em sua circunscrição em Witney (Oxfordshire), acompanhado de sua esposa Samantha.

Antes de ir à urna, Cameron divulgou um vídeo no Twitter no qual incentivou o eleitorado a votar nos candidatos "tories" (de sua legenda).

"Se você quer evitar que Ed Miliband e o SNP (Partido Nacionalista Escocês) cheguem ao poder e destruam nossa economia, se o que busca é um governo forte e estável para o Reino Unido, e se gostaria que voltasse a trabalhar nesta próxima sexta-feira, mantendo nosso plano econômico para o país, é importante que vote no Partido Conservador", disse o premiê e candidato.

Seu principal oponente nestas acirradas eleições, o líder do Partido Trabalhista, Ed Miliband, de 45 anos, votou em Doncaster North, no norte da Inglaterra, acompanhado por sua mulher, Justine Thornton.

Miliband também pediu, pouco antes, o apoio para seu partido em mensagem no Twitter: "Hoje é o dia no qual vocês podem votar em um governo trabalhista que lutará e defenderá os trabalhadores, podem votar para dar prioridade ao sistema de saúde (NHS) e a sua família".

Nick Clegg, vice-primeiro-ministro e líder do Partido Liberal-Democrata, de 48 anos, votou também durante a manhã em Sheffield acompanhado por sua esposa, a espanhola Miriam González.

Mas quem acordou mais cedo para votar foi Nigel Farage, de 51 anos, do Partido da Independência do Reino Unido (UKIP), o primeiro a comparecer às urnas na circunscrição eleitoral de South Thane (Kent), e sem a companhia de sua esposa, ao contrário de seus concorrentes.

Na Escócia, onde após o referendo realizado em setembro se espera uma grande mobilização do eleitorado nacionalista, o líder do Partido Nacionalista Escocês (SNP), Nicola Sturgeon, mostrou confiança que sua legenda conseguirá nestas eleições uma influência sem precedentes no parlamento do Reino Unido.

Sturgeon, que não concorre ao parlamento britânico, ao contrário de seu antecessor, Alex Salmond - que disputa uma cadeira em Londres -, votou em Glasgow, onde declarou que o futuro político da região "está nas mãos dos eleitores".

Quem também votou foi o líder do Partido Trabalhista Escocês, Jim Murphy, que, apesar dos maus resultados nas pesquisas, se mostrou confiante. As enquetes preveem um forte aumento de votos para o SNP na comparação com os trabalhistas escoceses, que correm o risco de perder nestas eleições em alguns de seus redutos tradicionais.

Caso se confirmem estes prognósticos, o SNP pode se tornar um fator-chave para a formação do novo governo britânico. Sturgeon já acenou favoravelmente ao Partido Trabalhista, mas o líder desta legenda, Ed Miliband, rechaçou o apoio.

Devido à complexidade do sistema eleitoral britânico - definido por circunscrições, um deputado para cada uma das 650 do país -, não se prevê que os primeiros resultados sejam conhecidos antes da madrugada local.

O surgimento com força de pequenos partidos, como o UKIP, o SNP e o Partido Verde, acrescenta incerteza a este pleito, nos qual as pesquisas preveem um empate entre conservadores e trabalhistas que pode levar o país a uma etapa de instabilidade política com um governo frágil em minoria, semanas de negociação de alianças ou inclusive a convocação de novas eleições.

EFE   
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