Brasileiro que luta por animais na Espanha pode ser preso
O brasileiro Jon Amad, fotógrafo que trabalha na organização não-governamental (ONG) espanhola Igualdad Animal, está sendo acusado de libertar visons (espécie de furão) que, para a lei local, são propriedade dos produtores de pele. Com essa acusação, ele corre o risco de ser extraditado ou até mesmo preso.
Em contato com o Terra, Jon disse que já entrou com um recurso pedindo a anulação da acusação. Além do brasileiro, outros 12 ativistas também correm o risco de ter o mesmo destino do fotógrafo.
Segundo Jon, há cerca de dois anos houve mobilização por parte da Guarda Civil espanhola que prendeu dois ativistas, acusando-os de invasão de propriedade e de associação ilícita e há duas semanas Jon também foi incluído no processo.
“Existem granjas de visons que mantêm de cinco a 12 animais em jaulas de 30 x 40 centímetros. O que ocorre é que os próprios granjeiros soltam os visons para cobrar o seguro e dizem que os culpados são os ativistas. Eu pessoalmente não sou contra a soltura de visons, mas estão me acusando de uma coisa que eu não fiz”, afirmou Jon. “Estão tentando me acusar de ter participado dessas libertações e formar uma rede criminal”, completou.
O fotógrafo brasileiro disse ainda que seu trabalho consiste em ajudar os animais por meio do jornalismo investigativo. “Viajo por todo o mundo registrando os maus tratos, o que acontece nas granjas por trás das paredes dos matadouros. Meu trabalho se embasa no respeito e é um trabalho totalmente pacífico. Buscamos informar e educar”, concluiu.